Foto: World Economic Forum/Divulgação
Um dos principais delatores da Operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, incluiu Bernardo Gradin, ex-presidente da Braskem, petroquímica controlada pela Odebrecht, entre as pessoas com quem tratou do “pagamento de vantagens ilícitas” em 2009. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Gradin e a família Odebrecht são inimigos atualmente e travam uma disputa societária bilionária na Justiça. Ainda segundo Folha, Gradin tentava conseguir preços mais favoráveis para a compra de nafta da Petrobras – o produto é uma das principais matérias-primas usadas pela Braskem. Costa afirmou que a empresa conseguiu um contrato vantajoso junto à Petroquímica e que recebeu propina para consegui-lo. Segundo Costa, quando o acordo foi fechado, Gradin ainda não trabalhava na empresa com o executivo Alexandrino Alencar, do grupo Odebrecht, que foi preso na Lava Jato. Apesar disso, porém, Gradin sabia do acordo, de acordo com o ex-diretor da petrolífera e chegou a tratar “pessoalmente do assunto” em reuniões. Gradin nega as acusações. O doleiro Alberto Yousseff citou, em outro depoimento, que os encontros realizados para tratar dos interesses da Braskem eram realizados em hotéis em São Paulo.
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