O governador Rui Costa abdicou de um bom salário no Pólo Petroquímico de Camaçari para se dedicar à luta sindical. Está acostumado às longas rodadas, às mesas de negociações e não tem medo de pressão. Quando, recentemente, o presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), disse numa entrevista a uma emissora de rádio que o governador é um bom gestor, mas estaria devendo um pouco ao lado político, Rui foi enfático: "Eu tenho amigos como o Marcelo que podem fazer política por mim". Assim, ele deixou claro seu lado gestor. Mais tarde, numa nova entrevista, Rui afirmou: "O povo confiou em mim e Deus me deu uma oportunidade única, a de governador a Bahia. Não posso decepcionar os baianos. Quero trabalhar e dar tudo de mim. Não estou preocupado com reeleição". Nessa linha, ele tem adotado medidas duras e moralizadoras. Cortou, por exemplo, a gratificação de insalubridade de servidores da saúde que não trabalham em hospitais e unidades assistenciais. Os trabalhadores decretaram greve, considerada ilegal pela justiça. Por isso, o governo já anunciou o corte do ponto dos grevistas. Nas universidades estaduais, a mesma coisa: o governo cedeu até o limite da responsabilidade administrativa. Agora, os pontos também serão cortados e acontecerá a consequente suspensão dos salários. São os novos tempos de uma Bahia administrada por um CEO.
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