sexta-feira, 3 de maio de 2024

Equipe de Lula culpa ministro e reconhece erros em série com 1º de Maio esvaziado

                                                                           



O entorno de Lula (PT) aponta uma série de erros na organização do ato em comemoração do Dia do Trabalhador, na quarta-feira (1º), e na própria participação do presidente. Da falha pela escolha do lugar, distante do centro, à tímida convocação de parlamentares e apoiadores, aliados do presidente veem desarticulação prejudicial ao governo no evento.
 

Se tivesse sido bem informado sobre a baixa expectativa de público, Lula não precisaria ter confirmado a presença.
 

Após o fiasco, interlocutores avaliam que seria preferível que ele tivesse adiantado a ida ao Rio Grande do Sul --assolado por fortes chuvas e que precisa de ajuda federal-- em vez de participar do ato.
 

O time do presidente tem reverberado o discurso crítico de Lula e culpado o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo (PT), pelo fracasso do ato. Ele é o responsável no governo pela relação com os movimentos sociais e, segundo aliados, estimulou o mandatário a participar do evento.
 

Lula só confirmou a ida ao Rio Grande do Sul na noite de quarta, após o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), fazer publicações em redes sociais clamando por ajuda federal.
 

O mandatário publicou vídeo conversando com o governador ainda à noite. Só chegou à cidade de Santa Maria, uma das afetadas pelos temporais, na manhã desta quinta-feira (2), quando a situação de calamidade já completava três dias.
 

Enquanto ignorava a situação no Sul, Lula se expôs em um evento esvaziado --o que causou desgastes para o mandatário. Primeiro, por ter causado comparações com mobilizações recentes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que movimentaram público muito maior. A falta de artistas conhecidos e até o tamanho do local foram avaliados como erros nesse sentido.
 

Segundo, por ter envolvido recursos públicos da Petrobras e da Lei Rouanet, o que aumenta as críticas ao evento.
 

Além disso, Lula fez pedido explícito de voto para o deputado Guilherme Boulos (PSOL) no pleito municipal de outubro, o que gerou acusações de adversários locais e indisposição com partidos da base no Legislativo federal.
 

O discurso de Lula em favor de Boulos foi avaliado de maneira negativa por aliados. O presidente pediu voto para o deputado paulista e, menos de um dia depois, a Justiça Eleitoral determinou que o chefe do Executivo e o YouTube apaguem a transmissão do ato.
 

Nesta quinta, Boulos defendeu a declaração de Lula e afirmou que é o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), quem faz uso eleitoral da máquina. Ele argumentou que Lula fez as afirmações em um evento das centrais sindicais, "não era um evento oficial do governo federal", e minimizou as acusações de infração à legislação eleitoral por propaganda fora do prazo legal --já que houve pedido de voto, o que é vedado na chamada pré-campanha.
 

O deputado disse ver exagero nas ações judiciais movidas por Nunes e também por outros adversários após o episódio. Ele encampou o discurso de que o emedebista aproveitou o ocorrido para tirar o foco de problemas da administração.
 

No evento de quarta, Lula deixou clara a insatisfação com o chefe da Secretaria-Geral. "Vocês sabem que ontem eu conversei com ele [Márcio Macêdo] sobre esse ato e disse para ele: 'Ô Márcio, o ato está mal convocado'. O ato está mal convocado, nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar", disse o presidente.
 

Há uma avaliação de integrantes da Esplanada e da base no Congresso, porém, que os erros não foram apenas de Macêdo.
 

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), também entrou na mira das críticas internas. Ele faz o contato diário do Executivo com os sindicatos, que fizeram uma baixa mobilização de seus afiliados.
 

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), também foi contestado. Os deputados paulistas da base foram convidados de maneira burocrática, via mensagem da assessoria. Tampouco houve mobilização sobre a militância petista para garantir um público maior.
 

As críticas atingiram o gabinete presidencial como um todo, chefiado por Marco Aurélio Ribeiro, conhecido como Marcola. É deste setor a responsabilidade por montar a agenda de Lula e preparar o cerimonial dos eventos que ele participa.
 

O questionamento é se o gabinete, que tem uma equipe grande, não identificou potencial fracasso do ato e, mesmo assim, manteve-o na agenda.
 

Outra fonte de desgaste para o governo foi com relação ao financiamento. O anúncio do ato mostrava a Petrobras como patrocinadora.
 

A empresa estatal deu R$ 3 milhões para a atividade via Programa Petrobras Cultural e afirma que o patrocínio seguiu todas as exigências para ser concedido.
 

Também houve recurso captado via Lei Rouanet. A produtora do evento foi autorizada a levantar até R$ 6,3 milhões, mas conseguiu arrecadar R$ 250 mil de uma faculdade privada de medicina, a São Leopoldo Mandic.
 

O presidente do MDB, Baleia Rossi, que faz parte da base do governo no Congresso, também criticou o presidente. No evento, Lula também tratou o atual prefeito, Ricardo Nunes, como "nosso adversário municipal", embora ele seja apoiado por diversos partidos que fazem parte da base do governo federal.
 

"Foram declarações absolutamente infelizes. Dia do Trabalho é dia de luta, de busca de conquistas, e infelizmente a gente não tem tanto a comemorar", disse Baleia.

MDB oscila de apoio à esquerda no Nordeste a aliança com direita no Sul-Sudeste

                                                                       


O MDB costura um arco de alianças nas eleições de 2024 que oscila de parceria com o PT ou candidatos de esquerda nas principais capitais do Nordeste até o apoio a políticos de direita no Sul-Sudeste.
 

PT e MDB farão dobradinha nas capitais de 6 dos 9 estados do Nordeste. Em Teresina (PI), o partido vai apoiar o deputado estadual petista Fábio Novo, que terá como vice o médico emedebista Paulo Márcio.
 

Em Natal (RN) e Fortaleza (CE), o MDB também apoiará os petistas Natália Bonavides e Evandro Leitão, respectivamente. Em Salvador (BA), é o PT que vai respaldar o nome do vice-governador Geraldo Júnior (MDB). Em Maceió (AL) pode indicar o vice do pré-candidato Rafael Brito (MDB).
 

No Recife (PE), o MDB vai apoiar a reeleição de João Campos (PSB). Em São Luís (MA), o partido deve apoiar a reeleição de Eduardo Braide (PSD), enquanto o PT vai apoiar o deputado federal Duarte Jr. (PSB).
 

Já em Aracaju (SE), a pré-candidata do MDB, a secretária estadual da Mulher Danielle Garcia, deve disputar com o nome do PT, Candisse Carvalho, casada com o senador Rogério Carvalho (PT). E em João Pessoa (PB), o MDB vai apoiar o deputado federal Ruy Carneiro, do Podemos, enquanto o PT ainda não decidiu o que vai fazer.
 

No Sudeste, o MDB tem como grande chamariz o prefeito Ricardo Nunes, pré-candidato à reeleição em São Paulo, contra Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pelo presidente Lula (PT). Nunes tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
 

No Rio de Janeiro, o deputado federal Otoni de Paula (MDB) é pré-candidato, mas o PL pressiona para que o partido apoie Delegado Ramagem em troca do respaldo a Nunes em São Paulo. Em Belo Horizonte (MG), o MDB deve ter candidato próprio, mas em aliança com o PSB, enquanto em Vitória (ES) a situação ainda está indefinida.
 

Em dois dos três estados do Sul o MDB vai apoiar candidatos do PSD: o atual prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, e Eduardo Pimentel, nome apoiado pelo governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), para a prefeitura de Curitiba. Em Porto Alegre (RS), o partido aposta na reeleição do atual prefeito, Sebastião Melo (MDB).
 

Léo Condé nega possível proposta do Vasco: "Não fui procurado por ninguém"

                                                                                         


Em entrevista coletiva após a derrota do Vitória para o Botafogo, por 1 a 0, na última quinta-feira (2), no Estádio Nilton Santos, pela partida de ida da 3ª fase a Copa do Brasil, o técnico Léo Condé comentou uma possível proposta do Vasco da Gama, que procura um novo técnico após a saída de Ramón Díaz, no último sábado (29).

 

Segundo Condé, ele já recebeu consultas em outros momentos da sua passagem pelo Vitória, que soma os títulos da Série B de 2023 e do Campeonato Baiano de 2024, mas neste momento não foi procurado pelo Vasco. O treinador rubro-negro destacou que está "com a cabeça totalmente voltado para o Vitória".

 “Em relação ao Vasco, até a mim não chegou nada. Já tive consultas, propostas, em outros momentos, mas estamos com a cabeça totalmente voltada para o Vitória. Oficialmente, não fui procurado por ninguém do Vasco”, explicou Condé.

 

A possível proposta do time carioca para Léo Condé foi revelada pelo apresentador Zé Eduardo, da TV Itapoan, na última quinta-feira (2). Atualmente, o Vitória está há cinco jogos sem vencer e ocupa a 18ª colocação da Série A com um ponto em três partidas. O Rubro-Negro tem um jogo a menos devido ao adiamento da partida contra o Cuiabá, válida pela 2ª rodada.

 

Com o 1 a 0 sofrido para o Botafogo na partida de ida da Copa do Brasil, o Vitória precisa vencer por dois gols de diferença para avançar para as oitavas de final. Caso vença por um gol, a decisão será nos pênaltis. O jogo de volta acontece no próximo dia 21, uma terça-feira, às 19h, no Barradão.

 

Neste domingo (5), o Leão enfrenta o São Paulo, às 16h, também no Barradão, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Institutos liberais vão à Justiça para barrar contrato de governo Lula para redes

                                                                              


Duas associações liberais, o Instituto Ludwig von Mises Brasil e o Instituto Livre Mercado, ingressaram com ação civil pública na Justiça Federal de São Paulo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, em razão da licitação para contratação de agências para cuidar das redes sociais do governo. O custo é R$ 197,7 milhões anuais.
 

As entidades afirmam que a contratação viola os princípios constitucionais da moralidade, impessoalidade e isonomia, além de configurar abuso de poder econômico e possível influência indevida na eleição.
 

Elas pedem liminar para suspender a contratação até o final do período eleitoral. Em caráter definitivo, requerem a anulação da licitação, além do ressarcimento de prejuízos ao erário público.

 

A megalicitação teve como uma das vencedoras a empresa baiana Usina Digital. A empresa é comandada por Alexandre Augusto, publicitário com vasta atuação na capital baiana.

 

Ao todo, foram quatro empresas selecionadas para a atuação nos serviços, onde, além da Usina Digital, as agências Moringa, BRMais e Área Comunicação também foram selecionadas. Alexandre Augusto já foi funcionário da Propeg onde virou vice-presidente da empresa. Logo após, passou a ser responsável pela produção das campanhas de ACM Neto.

INSS pagou R$ 193 milhões a 17 mil mortos, diz CGU

                                                                         


O INSS pagou R$ 193 milhões a beneficiários com indicativo de óbitos entre janeiro de 2019 e junho de 2023. De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), os pagamentos foram feitos a 17,7 mil pessoas com óbito registrado em bases de dados governamentais. Apenas no mês de junho de 2023, foram identificados pagamentos a 2.950 beneficiários com registro de óbito, num total de R$ 5,5 milhões.

 

A fiscalização da CGU apontou que 75% dos pagamentos continuaram sendo realizados até três meses depois do registro do óbito no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) e no Sistema de Controle de Óbitos (Sisob). Os dados são checados ainda junto às bases do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Receita Federal.

 

O número foi divulgado nesta quinta-feira (2) pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. A auditoria cruzou os dados da chamada Maciça do INSS, a atualização periódica na folha de pagamento do instituto, com os dados do Sisob e so Sirc.

 

"A partir do cruzamento desses dados, identificaram-se 17.738 beneficiários na Maciça cujo CPF do titular consta nessas bases como falecido, envolvendo 18.747 benefícios que totalizam R$ 193.136.813,11 em pagamentos pós-óbito", diz o relatório.

 

No período analisado, a CGU aponta o crescimento no volume de pagamentos feitos pelo INSS a beneficiários mortos de 2019 a 2022, com queda em 2023. Foram pagos R$ 35,3 milhões em 2019, R$ 41,7 milhões em 2020, R$ 42 milhões em 2021 e R$ 46 milhões em 2022, com redução para R$ 27,6 milhões no ano passado.

 

Como causas dos pagamentos indevidos, a CGU apontou a falha na rotina automatizada de tratamento de óbitos e falhas no sistema Dataprev. “Ressalta-se a importância da utilização de outras fontes de informação, por exemplo, a base do CadSUS, que possibilitam a identificação de óbito e funcionam como mecanismos complementares nos casos em que o tempo entre o registro do óbito no Cartório e no Sirc seja extenso”, sugeriu a CGU.

Casagrande diz que recusou convite para receber Lula no 1º de Maio

                                                                            


Ex-jogador do Corinthians, Walter Casagrande diz que foi chamado por um diretor do clube para receber o presidente Lula (PT) na Neo Química Arena antes do ato das centrais sindicais nesta quarta-feira (1º), mas recusou.
 

Apoiador do petista na eleição de 2022, ele justificou dizendo que não vê sentido em participar de um ato político agora, pois não trabalha na área, que o Corinthians nunca o convida para nada e que tinha compromissos profissionais no mesmo horário.
 

"Para mim, não faz sentido ir a um lugar político hoje em dia. O que eu tinha que fazer politicamente foi durante as eleições. Eu apoiei o Lula, fui a todos os palanques, fiz discurso, deixei claro que ia votar no Lula, todo mundo sabia o lado em que eu estava. Acabou a eleição, o Lula ganhou, não faz sentido [participar de atos políticos]. Não sou político", afirma.
 

No evento, o presidente disse que o governo não se esforçou o suficiente para atrair os trabalhadores, mas tentou contornar o número reduzido de presentes: "Eu estou acostumado a falar com mil, com 1 milhão, mas também, se for necessário, eu falo com uma senhora maravilhosa que está ali na minha frente".

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Casas Bahia faz acordo e pede recuperação extrajudicial para renegociar dívida de R$4,1 bilhões

                                                                                              


O Grupo Casas Bahia (BHIA3) informou, neste domingo (28), um pedido de recuperação extrajudicial. A empresa disse que dará continuidade ao Plano de Transformação divulgado ao mercado através de fato relevante em agosto de 2023. 

 

Segundo publicação da BP Money, a Casas Bahia, assinou, neste domingo (28), um contrato com seus dois principais credores, o Bradesco e o Banco do Brasil. Os dois bancos possuem em conjunto 66% das dívidas que serão incluídas no processo de recuperação extrajudicial, estabelecendo todos os termos e condições necessárias para a operação. 


 

Para o pedido ser aprovado, é necessário um quórum mínimo de 50% mais 1 dos credores envolvidos. Essa ferramenta é a mais simples comparada ao processo de recuperação judicial tradicional, que possibilita o varejista a reestruturar suas dívidas e reduzir seus custos financeiros significativamente. 

 

O pedido já estaria com uma aprovação antecipada, minimizando os riscos inerentes a esse tipo de processo, conforme interlocutores da empresa. O montante total dessas dívidas é de R$ 4,1 bilhões, sendo que as CCBs representam R$ 2,2 bilhões do valor total.

Equipe de Lula culpa ministro e reconhece erros em série com 1º de Maio esvaziado

                                                                            O entorno de Lula (PT) aponta uma série de erros na organização ...