quinta-feira, 18 de maio de 2023

Entenda impactos da nova política de preços da Petrobras na Bahia; gás de cozinha pode baixar

                                                                               

A nova política de preço dos combustíveis anunciada pela Petrobras na terça-feira (16), com o abandono da Política de Paridade Internacional (PPI), já fez reduzir o valor da gasolina, diesel e gás de cozinha no Brasil, mas não será adotada na Bahia.

 

A Acelen, dona da Refinaria Mataripe, informou em comunicado que não adotará a decisão da estatal e manterá o seu modelo, que segue em consideração variáveis como custo do petróleo, dólar e frete, em consonância com as práticas internacionais de mercado.

 

Fontes ouvidas pelo Bahia Notícias afirmam que, apesar do barateamento, os valores que passaram a ser praticados pela Petrobras nesta quarta (17), estão equiparados aos praticados pela refinaria que pertence ao fundo árabe Mubadala ao longo de 2023.

 

A avaliação feita por quem acompanha o setor é de que o preço do combustível praticado pela estatal a partir de hoje é o mesmo que já é praticado na PPI pela Acelen. A demora em atualizar os valores levando em conta as variações do mercado internacional - com o dólar e o preço do barril em baixa - justificaria o argumento.

 

Conforme anunciado pela Petrobras, o litro do diesel vai cair 40 centavos, de R$ 4,89 para R$ 4,49, o que significa um desconto de 8,17%. Já a gasolina vai ficar 6,9% mais barata, ou 20 centavos, passando de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro.

 

Procurada pela reportagem, a Acelen informou que nos últimos meses, reduziu, semanalmente, os preços dos combustíveis produzidos na Refinaria de Mataripe. Segundo a empresa, o diesel sofreu 10 reduções consecutivas, acumulando queda de 31% desde o início do ano. Já a gasolina acumula queda de 16% no mesmo período.

 

“Os reajustes para baixo refletem a política de preços da empresa, que segue critérios técnicos, levando em consideração variáveis como custo do petróleo, dólar e frete, em consonância com as práticas internacionais de mercado. Cabe destacar que a empresa possui uma política de preços transparente, a partir de uma fórmula objetiva, homologada pela agência reguladora, que assegura previsibilidade e preços justos, visando um mercado mais competitivo no país”, informou a companhia.

 

Porém, há uma ponderação. As mesmas fontes dizem que a recente redução no preço do gás de cozinha é superior aos que foram feitos pela Acelen neste ano, e que o produto estaria sendo vendido mais barato pela Petrobras.

 

A estatal reduziu em R$ 8,97 o preço do botijão de 13 kg, o que equivale a um corte de 21,3% no valor final. Apesar de não ser controlada pelo governo, há a estimativa que o preço do botijão de gás para o consumidor final pode cair abaixo dos R$ 100.

 

Já a Acelen informou que em relação ao GLP, que tem preço atualizado mensalmente, a redução foi de cerca de 10%, de março para maio. Um novo reajuste será anunciado no início de junho.

 

Procurada pela reportagem, a Petrobras não havia se pronunciado até o momento da publicação desta matéria.

 

SUPOSTA FALTA DE TRANSPARÊNCIA

A Acelen vê com ressalvas a nova política adotada pela principal concorrente. Segundo a detentora da Refinaria Mataripe, a medida da Petrobras não traz informações suficientemente claras para garantir a previsibilidade dos preços de combustíveis no Brasil.

 

“Por ser uma empresa dominante no mercado, esta premissa é base para garantir o abastecimento nacional e promover o desenvolvimento da indústria de óleo e gás. A ausência de previsibilidade dos preços de combustíveis desta nova política tende a afastar novos investidores e investimentos”, pontuou a empresa em nota.

 

A empresa ainda afirmou considerar “saudável” que o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) acompanhe as variações de preços e aplicação dessa nova política, garantindo simultaneamente as condições isonômicas de acesso ao petróleo brasileiro pelas refinarias privadas, preservando a competitividade e a sustentabilidade do setor.

 

A Mataripe produz cerca de 300 mil barris de petróleo por dia e é responsável por 14% da capacidade total de refino do país. A refinaria abastece cerca de 80% do mercado na Bahia e 42% no Nordeste.

Manobras no arcabouço fiscal turbinam gasto do governo em até R$ 82 bi em 2024

 


                                                                          


Alterações no projeto de lei complementar do novo arcabouço fiscal estão garantindo recursos adicionais para o Executivo turbinar seus gastos fora dos parâmetros propostos inicialmente pelo próprio governo.
 

Pelo menos duas mudanças já chamaram a atenção dos especialistas: a autorização para os gastos crescerem no máximo previsto pela regra em 2024 e a permissão permanente para o governo usar a inflação a favor de mais despesas em caso de repique dos preços até o fim do ano.
 

As duas manobras asseguram um espaço extra de até R$ 82 bilhões para gastos do governo petista em 2024 e ampliam a base de cálculo para os anos seguintes.
 

"Tentam garantir mais gastos, possivelmente atendendo a pressões. Essa é uma coisa ruim do substitutivo", afirma Felipe Salto, economista-chefe da Warren Rena.
 

A avaliação entre os especialistas é que o Ministério da Fazenda reconhece que terá dificuldades para elevar as receitas e cumprir os parâmetros, o que levaria a uma menor expansão orçamentária já na largada do arcabouço. Por isso, a pasta busca alternativas no Congresso para garantir recursos adicionais.
 

Pela regra em discussão, o limite de gasto do ano seguinte deve equivaler a 70% da variação da receita em 12 meses acumulados até junho do ano anterior, já descontada a inflação, mas sempre dentro de uma banda de 0,6% a 2,5%.
 

O relator do projeto de lei na Câmara que estabelece o novo regime fiscal, deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), fixou que a despesa do governo pode ter um crescimento real de 2,5% no gasto, seja qual for a receita.
 

O governo vinha projetando um crescimento da despesa menor, de cerca de 2,3%. No entanto, a estimativa era generosa quando comparada à feita por parte dos economistas que trabalham com estatísticas macroeconômicas. A articulação para cravar o percentual de 2,5% reforça a percepção de que seria difícil chegar a esse patamar.
 

O ex-secretário do Tesouro Nacional Jeferson Bittencourt, economista da ASA Investments, fez as contas sobre o eventual efeito dessa mudança. Ele estima que a fixação do crescimento real do limite em 2,5% para o ano que vem pode render R$ 40 bilhões adicionais para o governo, na comparação com a expectativa inicial de um avanço pelo piso de 0,6%.
 

Há também um custo para a imagem do governo.
 

"Ficou ruim fixar no primeiro ano um percentual, já desviando da proposta original. Mostra dificuldade de o governo lidar com a sua própria regra", afirma o economista Manoel Pires, coordenador do Núcleo de Política Econômica e do Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
 

Pires acredita que o governo terá de seguir fazendo ajustes para cumprir a regra, possivelmente em pouco tempo.
 

"Minha perspectiva é que se produzam alguns avanços nos próximos três anos, como melhora de primário e dos mecanismos de gestão", diz ele. "Depois, avaliamos algum ajuste mais estrutural na regra, mantendo o que funcionou e ajustando outras coisas. As regras mudam em outros países também na medida em que essas avaliações são feitas. É um debate evolutivo no mundo todo."
 

Pires estimava crescimento de pouco mais de 1% nos gastos pelos parâmetros da proposta apresentada originalmente.
 

O número é ligeiramente superior ao projetado pelo economista Bráulio Borges que, considerando as receitas até junho deste ano, trabalhava com um aumento real de 0,9% para as despesas dentro da regra.
 

"A sinalização é ruim porque mostra que o governo não quer fazer ajuste já no primeiro ano de vigência do novo arcabouço, e isso depois de ter um ano de forte expansão de despesas, por causa da PEC (proposta de emenda à Constituição) aprovada em 2022", afirma, em referência à proposta aprovada ainda na transição, que assegurou um adicional de R$ 168 bilhões.
 

Nas projeções de Borges, a fixação do crescimento da despesa no teto da banda também vai elevar o esforço necessário para cumprir a meta de resultado primário --a promessa do ministro Fernando Haddad (Fazenda) é zerar o déficit no ano que vem. Se antes o governo precisaria de R$ 150 bilhões, com a mudança vai ter de conseguir um adicional de receita da ordem de R$ 180 bilhões.
 

Procurado pela reportagem, Cajado explicou que a fixação dos 2,5% busca contornar os efeitos da desoneração dos combustíveis adotada no fim de 2022, que contribuiu para derrubar a inflação --que agora corrigirá o novo teto (já que um menor índice de preços diminui a correção das despesas).
 

Segundo ele, a proposta foi colocada na mesa de negociação e foi aceita por todos que participam das conversas sobre o novo arcabouço.
 

No entanto, a metodologia para o reajuste do limite de despesas pela inflação também foi alterada na tramitação do texto --o que deve impulsionar mais os gastos.
 

Pela proposta original, seria considerado o IPCA acumulado de janeiro a junho e o estimado pelo governo de julho a dezembro. Como estimativas estão sempre em uma área cinzenta, o relator considerou mais apropriado considerar o IPCA que de fato ocorreu nos 12 meses encerrados em junho do ano anterior do Orçamento.
 

Essa mudança também veio acompanhada de uma manobra que ajudou a turbinar as despesas na largada do arcabouço. A nova versão do texto autoriza o governo a fazer ajustes, caso o índice de preços tenha uma aceleração nos meses até dezembro.
 

Esse ajuste significa, na prática, a possibilidade de ampliar gastos no exercício seguinte. Via de regra, a incorporação dessa diferença seria temporária, mas o texto prevê uma exceção para 2024, quando o ajuste nos gastos será permanente. Isso ajudará a inflar a base de cálculo do limite para 2025 em diante.
 

Bittencourt, da ASA Investments, estima que só esse efeito pode dar mais R$ 42 bilhões para o governo gastar.
 

Isso porque a inflação acumulada em 12 meses até junho de 2023 deve ficar em 3,7%, enquanto o IPCA até dezembro é estimado em 5,8%. A diferença de 2,1 ponto percentual é quanto o teto crescerá a mais, de forma permanente, por causa da redação da regra.
 

Técnicos que participam das negociações do projeto admitem que a redação proporciona um espaço extra de pelo menos R$ 35 bilhões --menor que as estimativas do mercado porque há expectativa de queda no preço dos combustíveis.
 

Outros técnicos minimizam o ruído em torno desse ponto sob a justificativa de que o projeto original do governo já previa a correção do limite pela inflação observada até junho mais a projeção até dezembro. Para esse grupo, o valor extra já estaria contabilizado nas estimativas.
 

No mercado, outros economistas também apontam o espaço extra que o desenho da regra está proporcionando ao governo. "Nossa conta é de que o governo 'ganha' R$ 68 bilhões a mais para gastar no ano que vem", estima Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos. Desse valor, R$ 19 bilhões viriam da fixação do crescimento da despesa em 2,5%, e os outros R$ 49 bilhões, da diferença nos índices de inflação.
 

Procurada pela reportagem, a assessoria do Ministério da Fazenda disse que não comentará projeções feitas por instituições privadas e que o arcabouço segue o trâmite no Congresso.
 

"O Ministério da Fazenda apresentou o projeto do Regime Fiscal Sustentável e o submeteu ao Congresso Nacional. Neste momento, dentro da normalidade do sistema democrático, cabe ao relator e ao Parlamento debaterem a proposta."
 


 

Veja ponto a ponto as principais mudanças feitas pelo relator:
 

OBRIGAÇÃO DE CONTINGENCIAR
 

- Relator inseriu no texto a obrigação de o governo contingenciar despesas durante o ano, caso haja perspectiva de frustração de receitas ou aumento de outros gastos que ameace o cumprimento da meta fiscal no exercício. A tarefa é exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal, mas o governo pretendia flexibilizar a norma por meio do novo arcabouço.
 

- Relator inova ao propor que o contingenciamento das discricionárias deve ficar limitado a 25% de seu total.
 

INCLUSÃO DE GATILHOS DE AJUSTE
 

Caso as contas do governo apresentem resultado abaixo do limite inferior da meta, fica vedado:
 

- Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa
 

- Criação ou majoração de auxílios, vantagens e benefícios de qualquer natureza
 

- Criação de despesa obrigatória
 

- Medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da inflação, observada a manutenção do poder de compra
 

- Criação ou expansão de programas e linhas de financiamento de dívidas que ampliem subsídios e subvenções
 

- Concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária
 


 

As medidas valem por um ano. Se no ano seguinte a meta for atingida, as sanções caem automaticamente.
 

O presidente da República pode propor ao Congresso a suspensão parcial ou maior gradação das vedações listadas acima, desde que demonstre que o impacto e a duração das medidas adotadas serão suficientes para a correção do desvio.
 

Medidas de ajuste não se aplicam aos reajustes do salário mínimo definidas em lei de valorização do piso.
 

No segundo ano seguido de descumprimento, passa a ficar vedado também:
 

- Aumentos e reajustes em geral na despesa com pessoal
 

- Admissão ou contratação de pessoal, a não ser para repor vacâncias
 

- Realização de concurso público, exceto para repor vacâncias
 


 

DIMINUIÇÃO DA LISTA DE EXCEÇÕES AO LIMITE DE DESPESAS
 

O que o relator tirou da lista de exceções proposta pelo governo (ou seja, itens passam a consumir espaço no limite de gastos):
 

- Despesas com investimentos do Tesouro em empresas estatais não-financeiras
 

- Repasses a estados e municípios para bancar o piso da enfermagem
 

- Fundeb (fundo da educação básica)
 

- Ajuda federal às forças de segurança do Distrito Federal por meio do FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal)
 

Como ficou a lista de exceções ao limite de gastos:
 

- Transferências constitucionais a estados e municípios a título de repartição tributária
 

- Créditos extraordinários, liberados em casos imprevisíveis e urgentes (como os decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública)
 

- Despesas custeadas com recursos de doações ou de acordos judiciais ou extrajudiciais firmados em função de desastres
 

- Despesas das universidades e instituições federais, e das empresas públicas da União prestadoras de serviços para hospitais universitários federais, quando custeadas com receitas próprias, de doações ou de convênios
 

- Despesas custeadas com recursos oriundos de transferências dos demais entes da Federação para a União destinados à execução direta de obras e serviços de engenharia
 

- Despesas com acordos de precatórios a serem pagos com desconto
 

- Operações de encontros de contas com precatórios
 

- Despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições
 

- Transferências legais a estados e municípios de recursos obtidos com concessão florestal
 


 

CÁLCULO DE RECEITAS
 

- Adiciona à lista de exceções do cálculo das receitas os programas especiais de recuperação fiscal que sejam destinados a regularizar a situação de devedores e gerar recursos à União. Com isso, o governo não poderá usar esse tipo de recurso para expandir a receita e, em consequência, a despesa do ano seguinte.
 

- Relator manteve de fora do cálculo das receitas os demais itens propostos pelo governo. São eles toda a arrecadação com concessões e permissões, dividendos e participações pagos por estatais, e ganhos com a exploração de recursos naturais (o que compreende principalmente royalties com petróleo) -além da conta com transferências constitucionais feitas a estados e municípios.
 


 

BÔNUS PARA INVESTIMENTOS
 

- Passa a prever que apenas 70% do excesso de superávit poderá ser direcionado a investimentos. No projeto original, o excesso de arrecadação em relação à meta de primário poderia ser usado, de forma única, para bancar obras e outros investimentos sem afetar o limite de despesas. Haveria apenas um limite temporário, equivalente a R$ 25 bilhões (corrigido anualmente pela inflação), válido até 2028.
 


 

Tramitação
 

O que acontece agora, com a aprovação da urgência?
 

O projeto em regime de urgência pode ser votado rapidamente no plenário, sem necessidade de passar pelas comissões. O relator dá seu parecer durante a sessão no plenário. O texto é lido na tribuna, e há possibilidade de votação imediata. A votação do mérito está prevista para a próxima quarta-feira (24).
 


 

O que é preciso para a proposta ser aprovada no Congresso?
 

Projetos de lei complementar exigem maioria absoluta de votos favoráveis, isto é, mais da metade dos integrantes de cada Casa. Isso significa ao menos 257 votos na Câmara e 41 votos no Senado.
 


 

Qual é o percurso final da tramitação?
 

Após passar pela Câmara dos Deputados, o texto segue para o Senado. Caso não haja mudanças, o texto vai à sanção presidencial.
 

No entanto, se os senadores fizerem modificações no texto, o projeto retorna para a Câmara, que terá palavra final --os deputados podem acatar as mudanças dos senadores ou restituir o texto originalmente aprovado na Câmara. Nesse caso, após a nova votação o texto é remetido à sanção do presidente da República.
 

O chefe do Executivo tem 15 dias úteis para sancionar o projeto integral ou com vetos parciais em alguns dispositivos, ou ainda vetá-lo totalmente. Todos os vetos passam por posterior validação do Congresso, que pode derrubá-los mediante maioria absoluta de deputados (257) e senadores (41).

Leur diz que Conselho de Ética aguarda chegada de representações para iniciar processos contra deputados

 

                                                                             


Deputado Leur Lomanto Jr. (União-BA) disse ao Bahia Notícias, nesta quarta-feira (17), que está aguardando a chegada, no Conselho de Ética, das representações contra deputados para decidir os relatores e dar prosseguimento aos trabalhos. Desde o começo do ano já foram mais de 15 as representações apresentadas contra parlamentares. 

 

“Estamos esperando a chegada das representações que serão enviadas pela Mesa Diretora, para só então iniciarmos efetivamente os trabalhos da Comissão. Assim que a Mesa enviar todas as representações, vamos definir os relatores de cada uma delas e dar sequência à tramitação dos processos disciplinares”, disse o deputado, que não especificou uma data para a retomada dos trabalhos do Conselho de Ética. 

 

Das 15 representações apresentadas desde o início da legislatura, nove se referem às ações de deputados relacionadas com os atos de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro. Os deputados estão sendo processados no Conselho por “suposta convocação em redes sociais para participação em atos antidemocráticos”. Entre as outras representações, duas têm como alvo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), por conta de seu discurso classificado como transfóbico no Plenário no Dia Internacional da Mulher. 

 

“Os deputados podem esperar de mim, à frente do Conselho, uma condução que vai primar pela ética, pela tranquilidade, pelo equilíbrio, buscando o respeito entre todos”, concluiu o deputado baiano.

terça-feira, 16 de maio de 2023

PF identifica responsável por falta de planejamento da PM-DF em 8 de janeiro; veja detalhes

 

                                                                         


Pela primeira vez, a Polícia Federal apontou um responsável pela falta de planejamento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) diante dos atos de 8 de janeiro. A falta de atuação de profissionais e de um plano eficaz resultou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no que tem sido classificado como tentativa de golpe de Estado.

 

De acordo com o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, um documento aponta que a competência para elaborar o planejamento de contenção dos manifestantes era do coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra. Ele atuava como chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PM-DF, em substituição ao coronel Jorge Eduardo Naime, que estava de folga no dia dos atos.

 

A partir de análise efetuada nos materiais apreendidos na casa e no carro de Paulo José, a PF concluiu que faltou um plano operacional para coibir os ataques de 8 de janeiro aos prédios da Praça dos Três Poderes. "É verossímil acreditar que Paulo José agiu de forma omissa, frente aos crimes praticados no dia do evento, ao não elaborar o planejamento operacional do policiamento ostensivo do Distrito Federal".

 

Segundo entendimento da PF, o acionamento das equipes policiais era realizado por meio do grupo de WhatsApp intitulado “DOC/CPR’S”, sem a confecção de ordem de serviço para atuação contra os manifestantes que marchavam para a Esplanada dos Ministérios. “Neste mesmo grupo, o coronel Paulo José fez o acionamento das equipes de sobreaviso para que comparecesse à Esplanada dos Ministérios, 2 horas após o início das manifestações".

 

A PF constatou que, conforme relatório da própria PM-DF, houve intervalo de aproximadamente duas horas entre o início da manifestação e o acionamento das equipes de reforço para reprimir as ações dos radicais.

 

Foi por meio de mensagens do WhatsApp que a Polícia Federal comprovou o conhecimento do coronel Paulo José sobre os riscos das manifestações.

 

“Em algumas dessas mensagens foi informado que os radicais estariam com alta animosidade e falando sobre ‘morte e tomada de poder’. Vale mencionar também que existia Relatório de Inteligência nº 6, de 6 de janeiro de 2023, que dava conhecimento sobre os possíveis riscos das manifestações”, diz a conclusão da PF a partir do material apreendido com o coronel Paulo José.

 

O relatório foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que investiga a responsabilidade de autoridades perante a depredação das sedes dos Três Poderes.

Organização Mundial da Saúde desaconselha uso de adoçantes para perda de peso

                                                                              


                                                                

Segundo as novas diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgadas nesta segunda-feira (15), adoçantes artificiais não devem ser utilizados para substituir o açúcar em dietas para emagrecimento. O documento alerta para a falta de consenso científico sobre a eficácia desses produtos no controle de peso no longo prazo e para a ocorrência de outros efeitos colaterais.
 

A recomendação foi feita com base em uma revisão dos estudos e evidências científicas disponíveis sobre o uso de adoçantes em dietas para controle de peso. De acordo com o relatório, não há evidências de que o consumo desses compostos traga benefícios a longo prazo nas medidas de gordura corporal em crianças e adultos.
 

Além disso, a OMS alerta para possíveis efeitos indesejados do uso prolongado de adoçantes, como maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer em adultos.
 

O relatório não aponta que adoçantes artificiais devam ser substituídos por açúcares. A indicação é de que o consumo de alimentos adoçados como um todo seja reduzido, podendo-se recorrer a formas naturais de açúcar, como frutas.
 

A contraindicação do uso de adoçantes para perda de peso vale para adultos e crianças, com restrição apenas aos que já têm diagnóstico de diabetes pré-existente. Além disso, não se aplica ao uso de produtos de higiene e medicamentos que contenham pequenas quantidades de adoçantes artificiais.
 

As diretrizes se referem a qualquer composto (natural ou sintético) não-nutritivo, utilizado como adoçante e que não seja classificado como açúcar. Alguns exemplos são: aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose e stevia. Em geral, esses são compostos utilizados para perda ou controle de peso, por terem baixo valor calórico.
 

A OMS ressalta que estudos avaliando os impactos do uso de adoçantes na saúde de indivíduos diabéticos foram desconsiderados da análise, e que o objetivo do relatório é oferecer orientação para o uso de adoçantes apenas para dietas de controle ou perda de peso.
 

Não há consenso científico sobre os benefícios do adoçante para a saúde. Em 2022, um estudo isreaelense indicou que o uso de alguns tipos estaria associado a alterações na flora intestinal e teria efeitos semelhantes aos do açúcar no metabolismo. Outra pesquisa, publicada em 2023, associa o uso do eritritrol com o desenvolvimento de problemas cardiovasculares.
 

Por outro lado, alguns especialistas avaliam que há ainda poucas evidências sobre os efeitos colaterais do uso de adoçantes e que certas ligações, como com o desenvolvimento de câncer, são advindas de estudos antigos e com poucas confirmações em humanos.
 

No próprio relatório, a OMS classifica a recomendação como condicional e destaca a necessidade de maiores evidências e estudos mais robustos sobre as consequências do uso de adoçantes em dietas para perda de pes

Ministério da Defesa não vai punir militares filiados a partidos

                                                                        


O Ministério da Defesa não planeja punir integrantes da ativa das Forças Armadas que eventualmente estejam filiados a partidos políticos, contrariando o que manda a Constituição Federal.

 

O entendimento é que integrantes das Forças podem ter sido filiados contra a sua vontade e que não é preciso fazer uma caça às bruxas, investigando quais casos foram intencionais, para resolver a situação. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (16) pelo Metrópoles.

 

As Forças Armadas deram até junho para que militares da ativa confiram se estão filiados a partidos e procedam com a desfiliação. Marinha, Exército e Aeronáutica tomaram medidas após o presidente Lula manifestar preocupação com a politização das Forças.

 

Após contato via Lei de Acesso à Informação (LAI), apenas a Aeronáutica afirmou fazer levantamentos periódicos de quantos militares estão filiados. O Exército e a Marinha disseram não fazer esse tipo de controle e não saberem quantos pertencem a partidos políticos.

Petrobras reduz preços do gás de cozinha, diesel e gasolina para as distribuidoras a partir desta quarta

                                                                            


Petrobras reduzirá, a partir desta quarta-feira (17), o preço médio de venda do diesel, do GLP e da gasolina para as distribuidoras. Com a mudança, o GLP passará de R$ 3,2256 para R$ 2,5356 por kg, equivalente a R$ 32,96 por botijão de 13kg. O diesel A, por sua vez, passará de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro e a gasolina A passará de R$ 3,18 para R$ 2,78 por litro.

 

Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 7 a 13/05, o preço médio do gás de cozinha ao consumidor final, segundo a petrolífera, poderia atingir o valor de R$ 99,87 por 13kg.

 

A estatal afirmou ainda que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no ponto de venda é afetado também por outros fatores como impostos e margens de lucro da distribuição e da revenda.

 


Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel S10 comercializado nos postos, por exemplo, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,69 a cada litro vendido na bomba. Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 7 a 13/05, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,18 por litro de diesel S10. 

 

Levando em conta a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,03 a cada litro vendido na bomba. Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 7 a 13/05, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,20 por litro.

 

Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.

 

"A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional", argumentou através de nota.

 

O comunicado apontou ainda que, na formação de seus preços, "tem buscado evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente".

Em Pituaçu, Bahia termina preparação para enfrentar o Santos; time pode ter retornos

                                                                            


Os jogadores do Bahia realizaram na manhã desta terça-feira (16), no estádio de Pituaçu, o último treinamento antes do jogo contra o Santos, marcado para esta quarta (17), às 19h, na Vila Belmiro, pela primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil.

 

No primeiro momento da atividade, os atletas fizeram um aquecimento com o preparador físico Antonio Bores. Na sequência, o técnico Renato Paiva fez um trabalho tático usando dois terços do campo. Nesse trabalho, o comandante simulou situações de jogo e passou orientações de posicionamento.

 

O possível time é o seguinte: Marcos Felipe; Kanu, Vitor Hugo e Rezende; Jacaré, Acevedo, Yago Felipe, Cauly e Chávez (Ryan); Biel e Everaldo (Arthur Sales).

 

Recuperados, o centroavante Everaldo e o lateral-esquerdo Chávez participaram normalmente e devem se relacionados. A delegação segue viagem para Santos nesta tarde.


Gasolina volta a subir, na Bahia, após Acelen anunciar aumento de 5,1%

                                                                           Empresa que administra a Refinaria Mataripe, na Bahia, a Acelen i...