quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Adolfo Viana confirma apoio a Elmar em eventual disputa pela presidência da Câmara: "Não pode ficar em cima do muro"

                                                                               

O possível embate de baianos pela presidência da Câmara dos Deputados, em 2025, pode dividir o apoio entre os parlamentares da bancada do estado. Apesar disso, Elmar Nascimento (União) já conta com um voto na disputa contra Antonio Brito (PSD): o de Adolfo Viana (PSDB). 

 

Ao Bahia Notícias, Viana confirmou que, caso a disputa futura seja entre os dois nomes, ele indicará o apoio a Nascimento. "Tanto Antonio Brito quanto Elmar Nascimento são dois grandes amigos. Mas a política é feita de escolhas e a gente não pode ficar em cima do muro. Se, de fato, Elmar Nascimento for candidato à presidência da Câmara dos Deputados, certamente apoiarei ele para presidente. Além de fazer um grande trabalho à frente da liderança do União Brasil, é um amigo pessoal. Se for candidato, certamente estarei ao lado dele na caminhada. O que não quer dizer que não tenha admiração, respeito pelo Antonio Brito", justificou. 

 

Adolfo também ressaltou que a disputa deve favorecer o estado. "Relembrando que, quando a Bahia teve a oportunidade de presidir a Câmara dos Deputados, ela foi muito bem representada pelo saudoso Luís Eduardo Magalhães. Ter a oportunidade de colocar um baiano à frente da Câmara seria algo bastante positivo para nosso estado", comentou. 

 

Presidente estadual do PSDB, Adolfo íntegra em Salvador o arco de aliança da gestão do prefeito Bruno Reis (União), correligionário de Elmar. Próximo do deputado, Viana também foi colega enquanto exercia mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), desde as eleições de 2010. Além disso, eles possuem uma relação pessoal bem próxima.

Governo do Estado paga valores dos precatórios do Fundef nos próximos dias 4 a 6 de setembro

                                                                             


O pagamento 2023 dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) será realizado pelo governo baiano nos próximos dia 4 a 6 de setembro. As datas foram anunciadas pelo governador Jerônimo Rodrigues, na noite de quarta-feira (30).

 

 Os créditos serão efetivados na conta bancária dos profissionais do Magistério da Educação Básica que fazem juz ao benefício e estão com dados cadastrais atualizados na base do Estado. As orientações para a distribuição dos recursos foram divulgadas no Diário Oficial do Estado, por meio das portarias de nº 847, publicada conjuntamente pelas secretarias de Administração (Saeb) e Educação (SEC), e de nº 848, publicada pela Saeb, SEC e Secretaria da Fazenda (Sefaz-Ba).

 

No total, será destinado R$ 1,25 bilhão a mais de 118 mil pessoas. Grande novidade no repasse deste ano, o abono extraordinário no valor de R$ 416 milhões será recebido no dia 6 de setembro por todos os 85.245 professores e coordenadores pedagógicos do Estado, incluindo aposentados e contratados por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), independente de terem atuado ou não no período de erro no repasse das verbas do Fundef.  Os profissionais em regime de 40 horas semanais serão contemplados com a quantia de R$ 5.950,70; já para aqueles que cumprem ou cumpriram jornada de 20 horas semanais, o valor fixado é de R$ 2.975,35.

 

Em paralelo, R$ 832 milhões serão destinados aos professores e coordenadores pedagógicos que atuaram na educação básica de janeiro de 1998 a dezembro de 2006, período de erro no repasse do Fundef . Os interessados já podem conferir no Portal da Educação (http://institucional.educacao.ba.gov.br/precatorio) a lista com os nomes de todos os habilitados a receber este abono.

 

Neste caso, o cálculo do pagamento é feito de modo proporcional à jornada de trabalho e ao período de efetivo exercício do profissional dentro do período em questão. Na lista divulgada pela SEC, é possível visualizar o tempo de efetivo exercício de cada profissional e os períodos em que esteve submetido à carga horária de 20 ou 40 horas semanais.

 

O crédito deste segundo abono será realizado nos dias 4 (para correntistas do Banco do Brasil) e 5 de setembro (demais bancos), contemplando todos os profissionais do magistério identificados na lista de beneficiários que estão na folha de pagamento do Estado e também aqueles que não possuem mais vínculo com o Estado mas que realizaram a atualização cadastral necessária ao recebimento da primeira parcela dos precatórios, paga no ano passado.

 

ATUALIZAÇÃO CADASTRAL

Beneficiários que estão fora da folha de pagamento do Estado, mas não realizaram a atualização cadastral, precisam informar os dados bancários necessários ao recebimento. O mesmo vale para qualquer hipótese em que os dados anteriormente apresentados pelo beneficiário tenham sido alterados ou recusados pela instituição financeira indicada para pagamento Nestes casos, o prazo para o crédito é de 10 dias úteis após a atualização do cadastro.

 

A atualização cadastral deverá ser protocolada nas unidades da Rede SAC, mediante apresentação de documento de identificação com foto, CPF,- endereço eletrônico, contato telefônico, comprovante de endereço e  comprovante de conta bancária de pessoa física de titularidade do requerente.

 

HERDEIROS

Vale ressaltar que os herdeiros de profissionais falecidos identificados na lista de beneficiários do abono – incluindo aqueles que foram contemplados com a parcela 2022 dos precatórios - precisam realizar requerimentos específicos para ter direito aos recursos deste ano, inclusive mediante apresentação de novo alvará judicial.

 

O primeiro passo a ser cumprido pelos herdeiros é a abertura de um processo no Estado solicitando informações sobre os valores devidos ao ex-servidor falecido.. Num segundo momento - já de posse do alvará judicial autorizando o levantamento parcial ou integral do valor – o herdeiro deve abrir um segundo processo no Estado, solicitando o recebimento do abono.  Nos dois casos, os requerimentos devem ser encaminhados por meio das unidades da Rede SAC.

 

Os postos e pontos SAC prestam atendimento por ordem de chegada ou mediante agendamento prévio no SAC Digital. A relação completa dos documentos necessários para a abertura destes processos pode ser conferida na página Orientações sobre os Precatórios Fundef, no site do RH Bahia (www.rhbahia.ba.gov.br).

Proposta de Orçamento de 2024 terá R$ 168 bi em receitas extras, divididas em três pilares

                                                                               


Para alcançar o déficit zero prometido pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai enviar a proposta de Orçamento de 2024 com uma previsão de R$ 168 bilhões em receitas extras, a partir de medidas que ainda precisam da aprovação do Congresso Nacional ou implementação pelo Executivo.
 

O grau de incerteza que cerca essas fontes de arrecadação tem alimentado a pressão dentro do próprio governo para rediscutir a meta fiscal até o fim deste ano, como mostrou a Folha de S.Paulo. O Ministério da Fazenda vê o movimento como "fogo amigo".A pasta avalia que o reequilíbrio das contas é fundamental para estabilizar a trajetória da dívida pública. Por isso, a meta de zerar o déficit não é um "cavalo de batalha", diz um integrante da equipe econômica, mas sim um alvo a ser perseguido e com o qual se busca convencer o Legislativo da necessidade de aprovar as medidas.
 

As iniciativas para elevar a arrecadação estão divididas em três pilares.
 

O primeiro é o de recomposição da base fiscal e correção de distorções, com duas ações. Uma é o projeto de lei que muda as regras de julgamentos de conflitos tributários no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A expectativa do governo é arrecadar R$ 54,7 bilhões, valor que estará na proposta de Orçamento de 2024.
 

Segundo a fonte do governo, trata-se de uma estimativa "conservadora", que ainda não considera todo o potencial de arrecadação diante de um estoque de R$ 1,1 trilhão em disputas no tribunal administrativo.
 

Por outro lado, o valor desconsidera os jabutis inseridos no texto (que poderiam reduzir o poder de fogo das medidas) porque há uma chance elevada de eles serem vetados pelo presidente a pedido da Fazenda.
 

A outra ação é a MP (medida provisória) que vai regulamentar a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre a tributação de benefícios fiscais do ICMS.
 

A equipe econômica espera arrecadar R$ 37,3 bilhões, o que inclui apenas o fluxo futuro de receitas, sem contabilizar a solução para o estoque do que não foi pago devidamente pelas companhias em anos anteriores.
 

O entendimento do governo é que, ao ampliar o lucro das empresas, os incentivos concedidos no âmbito do ICMS não relacionados diretamente a investimentos devem ser incluídos na base de cálculo de IRPJ e CSLL, tributos federais.
 

A decisão do STJ deu vitória ao governo, mas prevê que a Receita Federal fará a cobrança depois das declarações das empresas, mediante fiscalização, o que poderia dificultar a recuperação desses valores.
 

A MP vai prever que haja um processo para as empresas justificarem os investimentos ao Fisco, e então a Receita conceda um crédito financeiro equivalente a 25% do valor, a ser usado no abatimento dos tributos federais. Assim, não será necessário esperar a fiscalização.
 

O segundo pilar trata de isonomia tributária e enfrentamento a abusos. Nesse grupo de medidas estão a MP para taxar fundos exclusivos de investimento no Brasil e o projeto de lei, com urgência constitucional, para tributar os fundos e recursos offshore (mantidos em paraísos fiscais fora do país).
 

Os dois atos foram editados por Lula na segunda-feira (28). A expectativa é arrecadar R$ 13,28 bilhões com fundos exclusivos e R$ 7,05 bilhões com offshores no ano que vem.
 

O governo, porém, admite que o valor final das receitas com fundos exclusivos pode ficar menor em meio às negociações com o Congresso.
 

Os rendimentos acumulados nos fundos dos "super-ricos" são hoje tributados apenas no resgate dos recursos ou na liquidação do investimento. A MP institui o chamado "come-cotas", recolhimento semestral de 15% a 20% de Imposto de Renda sobre os ganhos, mas o governo quer também cobrar sobre o estoque acumulado até aqui.
 

O texto prevê uma alíquota reduzida de 10% para quem aderir ao pagamento imediato sobre o estoque, já a partir de dezembro de 2023, mas os parlamentares querem reduzir a cobrança a 6%. Segundo o integrante da equipe econômica ouvido pela reportagem, a Fazenda está disposta a negociar um patamar de 7% ou 8%, caso isso signifique maior adesão à modalidade.
 

Uma terceira medida do eixo de isonomia tributária é o fim do JCP (Juros sobre Capital Próprio), uma forma alternativa de uma empresa remunerar seus acionistas recolhendo menos tributos. A avaliação do governo é de que o uso do mecanismo foi desvirtuado, o que justifica sua extinção.
 

O governo vai incluir no Orçamento uma previsão de receitas da ordem de R$ 10 bilhões com o fim do JCP. Um integrante da equipe econômica, porém, admite que essa fonte de arrecadação é uma das mais incertas dentro do pacote.
 

A avaliação do governo é que o debate sobre o JCP está menos maduro do que a taxação dos fundos exclusivos ou offshore, por exemplo.
 

Empresas têm ponderado sobre a necessidade de discutir mudanças no JCP em conjunto com as demais regras de tributação da renda das empresas —eixo que será alvo da segunda fase da Reforma Tributária, ainda a ser enviada ao Congresso. O governo tem se mostrado sensível a este argumento.
 

Por isso, o Executivo vai enviar um projeto de lei para tratar do tema da JCP, mas sem urgência constitucional.
 

Segundo a fonte do governo, o texto vai "justificar" a inclusão da estimativa de arrecadação na proposta de Orçamento de 2024, mas a expectativa é fazer uma discussão mais ampla ao longo dos próximos meses.
 

O terceiro eixo é uma demanda das próprias empresas e consiste no que o governo tem chamado de uma melhora no relacionamento com a administração tributária federal.
 

O governo vai colocar em prática novas modalidades de transação tributária —uma espécie de renegociação de dívidas de contribuintes sob condições mais atrativas, com possibilidade de descontos— ainda não exploradas pelo Executivo.
 

Uma delas será executada pela PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e vai oferecer negociação para contribuintes resolverem disputas envolvendo grandes teses do Judiciário. O governo prevê arrecadar R$ 12 bilhões com essa iniciativa.
 

As teses incluem, por exemplo, os parcelamentos especiais e extraordinários feitos desde 2000 que geraram um contencioso enorme por causa da exclusão de contribuintes por não pagamento ou parcela inferior ao valor mínimo.
 

Como já há uma série de decisões favoráveis aos devedores, não se trata neste caso de livrá-los da cobrança, mas sim permitir seu retorno aos programas de renegociação mediante os benefícios. O objetivo da PGFN é fazer um edital da transação para solucionar esses e outros processos.
 

O governo também vai explorar o instrumento da transação tributária no âmbito da Receita Federal. A proposta de Orçamento vai incluir cerca de R$ 30 bilhões com essas negociações —segundo a equipe econômica, o valor equivale a apenas 2% do estoque de créditos ainda em fase de cobrança na Receita.
 

O Orçamento também prevê receitas com outras medidas, como a regulamentação de apostas esportivas. Uma MP e um projeto de lei já foram enviados ao Congresso Nacional.
 

O governo vai incluir na peça orçamentária uma estimativa de R$ 700 milhões, aquém do potencial indicado pelas empresas, de cerca de R$ 10 bilhões.
 

Outros R$ 3 bilhões são esperados com medidas menores, a serem detalhadas após a entrega do projeto de Orçamento nesta quinta-feira (31).
 

O governo também prevê o ingresso de cerca de R$ 20 bilhões com a nova regra de tributação de preços de transferência, mas o valor ainda não foi incluído no Orçamento.
 

Há também negociação com o Senado Federal para aprovar uma nova rodada de repatriação de recursos no exterior, o que pode gerar novas receitas, mas isso ainda é considerado incerto pelo governo.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

AUDIÊNCIA PÚBLICA ITINERANTE - 30/08/2023

Brasil vence Costa do Marfim e garante classificação na Copa do Mundo de Basquete masculino

                                                                           



O Brasil garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Mundo de Basquete masculino. Na manhã desta quarta-feira (30), a seleção brasileira, dirigida pelo técnico Gustavo De Conti, venceu a Costa do Marfim por 89 a 77, em Jacarta, capital da Indonésia. O país segue também na briga por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

 

Nas quartas de final, os dois classificados do Grupo G, Brasil e Espanha, se juntam aos primeiros colocados da chave F, Canadá e Letônia. Os resultados da primeira fase serão carregados para a etapa seguinte. Os brasileiros venceram duas partidas, diante do Irã e Costa do Marfim, e perderam uma para a Espanha por 18 pontos.

 

A Copa do Mundo de Basquete vai distribuir vagas para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, sendo duas para as Américas, que serão das duas seleções com as melhores campanhas. O Brasil disputa com Estados Unidos, Canadá (diretamente), Porto Rico e República Dominicana, enquanto que Venezuela e México já foram eliminados na primeira fase do Mundial. A última participação da seleção brasileira nas Olimpíadas foi na edição do Rio de Janeiro em 2016 quando entrou como país sede.

“Benefícios” de deputados federais baianos custaram mais de R$ 10 milhões em 2023; entenda

                                                                             

Os benefícios concedidos aos deputados federais da Bahia custaram R$ 10.753.974,40 nos primeiros sete meses deste ano, de acordo levantamento realizado pelo Bahia Notícias através de dados disponibilizados pela Câmara. A quantia é referente aos gastos da chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), que, na Bahia, chega aos R$ 44.804,65 para cada um dos 39 deputados do estado.

 

O congressista que obteve os maiores gastos com a Cota Parlamentar foi Joseildo Ramos (PT), que gastou R$ 355.892,53 com os benefícios durante os sete primeiros meses deste ano. O deputado ficou com o 10º maior gasto entre todos os 513 parlamentares da Câmara dos Deputados.

 

Atrás de Ramos aparece o deputado Daniel Almeida (PCdoB), que chegou ao valor de R$ 336.278,49. Completando o “top-3”, o congressista da Bahia que alcançou os maiores gastos com a CEAP foi José Rocha (União), com R$ 335.799,43.

 

Os meses que alcançaram as maiores quantias foram Março (R$ 1.951.986,83) e Maio (R$ 1.779.715,33). Os que chegaram aos menores gastos foram Julho (R$ 1.085.452,95) e Fevereiro (R$ 1.476.716,01).

 

No ano passado, os parlamentares baianos gastaram, ao todo, R$ 17.624.503,07. Somando todos os deputados, os gastos com a cota parlamentar até julho deste ano foi de R$ 110,5 milhões. 

 

BENEFÍCIOS INCLUÍDOS E OS MAIORES GASTOS

Os benefícios incluídos na Cota Parlamentar são: 

  • Passagens aéreas;
  • Telefones dos gabinetes, dos escritórios nos estados e dos imóveis funcionais, e as despesas com o celular funcional do deputado. As contas devem ser de comprovada responsabilidade do parlamentar;
  • Manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar, como locação de imóveis, energia elétrica, água e esgoto, acesso à internet, entre outros;
  • Alimentação do deputado;
  • Hospedagem, exceto no Distrito Federal;
  • Despesas com locomoção por fretamento/aluguel de veículos :
  • Combustíveis e lubrificantes (limite inacumulável de R$ 9.392,00 mensais);
  • Serviços de segurança de empresas especializadas (limite inacumulável de R$ 8.700,00 mensais);
  • Divulgação da atividade parlamentar (exceto nos 120 dias anteriores à data das eleições, se o deputado for candidato - Ato da Mesa 40/2012);
  • Participação em cursos, congressos ou eventos, realizados por instituição especializada (limite mensal inacumulável de 25% do valor da menor cota);
  • Complementação de auxílio-moradia, de acordo com o Ato da Mesa 104/88 (limite inacumulável de R$ 4.148,80 mensais). 

 

Na Bahia, o principal gasto dos deputados foi na divulgação de atividades parlamentares, que chegou aos R$ 3.187.785,08 entre janeiro e julho deste ano. O congressista que alcançou o maior valor foi o estreante Neto Carletto (PP), o qual gastou R$ 182,7 mil nos primeiros sete meses de 2023.

 

Atrás do montante destinado à divulgação, a outra categoria que figura entre os maiores valores é o gasto com passagens aéreas, que chegou a R$ 2.182.397,68. Neste caso, o deputado baiano que liderou a destinação de recursos para a compra de passagens foi Valmir Assunção (PT), que chegou aos R$ 105.056,85.

 

Em seguida, aparece a quantia gasta com o aluguel de veículos, somando R$ 2.020.211,64, com liderança de Paulo Azi (União) nos gastos, o qual gastou R$ 88.913,00. O gasto com combustíveis também aparece entre os primeiros, chegando a R$ 1.030.368,23, com o deputado Charles Fernandes (PSD) figurando no topo dos maiores gastos da categoria, gastando R$ 57.291,32.

Ala do governo dá até fim do ano para Haddad garantir déficit zero em 2024

                                                                                 

Uma ala do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) consiga ver aprovado no Congresso até o fim do ano o cardápio de medidas para elevar a arrecadação e, assim, manter a meta de zerar o déficit nas contas públicas já em 2024.
 

Integrantes do Executivo querem iniciar o próximo exercício sem risco de contingenciamentos bilionários em ano eleitoral, quando haverá disputa pelas prefeituras.
 

Se as medidas não forem aprovadas, ou se as propostas forem muito desidratadas pelo Congresso, integrantes do Palácio do Planalto veem como inevitável rediscutir o objetivo traçado para a política fiscal.
 

O alerta sobre as dificuldades de cumprir a meta fiscal de 2024 já foi feito em reuniões internas por técnicos e até pela ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), como mostrou a Folha de S.Paulo.
 

O tema também está no radar de congressistas aliados do governo. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), defende mudança.
 

"Eu sou a favor [de alterar a meta fiscal], até em razão de possível frustração de receita, inclusive por posições do próprio Congresso", disse. "O Congresso pode fazer isso [mudar até o fim do ano]."
 

A proposta de Orçamento de 2024 será enviada nesta quinta-feira (31) com o déficit zero, ancorada em uma série de propostas tributárias para reequilibrar as contas. A viabilidade política dessas medidas, porém, ainda é dúvida.
 

Em meio à incerteza, técnicos veem o fim do ano como uma espécie de data-limite, pois boa parte das iniciativas defendidas pela Fazenda envolve o Imposto de Renda.
 

Aumentos no IR precisam ser aprovados no ano anterior ao de sua vigência, respeitando a regra da anterioridade anual. Isso significa que, se a votação não for concluída na Câmara e no Senado nos próximos quatro meses, quaisquer efeitos positivos sobre o caixa da União só serão observados em 2025.
 

Pelo menos três medidas envolvem mudanças no IR: a taxação dos fundos exclusivos de investimento (mantidos por super-ricos), a tributação de recursos offshore (situados principalmente em paraísos fiscais) e a mudança na dedução do Juro sobre Capital Próprio (uma forma de remunerar acionistas) da base de cálculo do IR das empresas.
 

Lula já enviou o projeto de lei das offshores e a MP (medida provisória) dos fundos exclusivos. Juntas, as duas medidas devem render R$ 20,3 bilhões em recursos no ano que vem, segundo estimativas do governo.
 

Já a mudança no JCP pode elevar a arrecadação em até R$ 6 bilhões em 2024, a depender do formato adotado.
 

Na avaliação de técnicos ouvidos pela reportagem, a aprovação das medidas enfrentará obstáculos no Congresso, mas não faz sentido se antecipar ao cenário de não aprovação. Por isso, é preciso acompanhar a evolução das propostas no Legislativo.
 

Caso as iniciativas elaboradas por Haddad demorem a avançar, o entendimento é de que a rediscussão da meta será feita, para viabilizar a aprovação de um Orçamento já ajustado a essa realidade.
 

No desenho do novo arcabouço fiscal, o descumprimento da meta não gera punição ao gestor, desde que ele tenha adotado providências para tentar evitar o estouro, como contingenciar despesas.
 

Mas bloqueios de verbas em ano de eleições municipais seriam um complicador político para Lula, que prometeu a retomada de investimentos, relançou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e espera poder contar com os recursos para tocar ações estratégicas.
 

Como mostrou a Folha de S.Paulo, Tebet aproveitou uma reunião recente com a presença de Haddad e dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão) para enfatizar os obstáculos de se conseguir a aprovação de tantas medidas para ampliar a arrecadação.
 

Na ocasião, a ministra do Planejamento argumentou que uma meta de déficit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) seria mais crível. Com a margem de tolerância de 0,25 ponto percentual criada pelo novo arcabouço, o governo poderia registrar um resultado negativo de até 0,75% do PIB.
 

Segundo os relatos, no entanto, Haddad se manteve irredutível. Além disso, ele ponderou que o Orçamento só é votado em dezembro, dando tempo para administrar eventual alteração, caso ela seja de fato necessária.
 

Tebet, que evita se opor publicamente a Haddad, optou então por ficar ao lado do ministro.
 

Na tarde desta terça-feira (29), Haddad, Tebet, Dweck e Costa tiveram uma reunião com Lula no Palácio do Planalto para discutir o Orçamento de 2024. Segundo relatos de pessoas presentes, foi um encontro "de praxe". Não houve discussão sobre a meta.
 

Antes da reunião na Presidência, o ministro da Fazenda reiterou seu compromisso com o déficit zero, a despeito das pressões por mudança.
 

"Vai equilibrado, nem teria tempo de mudar o Orçamento, que está pronto há mais de 15 dias. No dia 31 [quinta-feira], a gente apresenta os parâmetros, os dados e as medidas fiscais já fechados com o Planejamento", disse. "Equilibrado significa que as receitas primárias são iguais às despesas primárias."
 

No Congresso, porém, deputados aliados do governo já articulam mudar a meta para um déficit de 0,5% do PIB.
 

O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator do PLDO (projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024, disse à Folha de S.Paulo que pediu uma reunião com Haddad para saber "como ficará a equação".
 

"Ninguém pode fugir dos fatos, a realidade nos impõe discernimento. Do que adianta querer construir fantasia, ficção, se a realidade dos fatos contradiz tudo isso?", disse Forte.
 

O deputado vê um prazo até mais curto para o governo rever a meta fiscal do ano que vem. "Na virada de setembro para outubro, vendo que não tem reação da economia e que nós estamos patinando sem sair do canto, o governo vai ser obrigado a fazer essa revisão [da meta fiscal]", afirmou.


   

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Ministro de Lula critica acusações de que Faustão furou fila do transplante

                                                                            


O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, criticou a reação negativa das redes sociais ao transplante de coração de Fausto Silva deste fim de semana. O apresentador era o segundo na lista prioritária do SUS e recebeu um coração novo neste domingo, uma semana depois de ser incluído na fila.
 

Padilha comentou o caso em um vídeo gravado em suas redes sociais nesta segunda-feira. Na publicação, ele classifica como impressionante e muito grave as acusações de que Faustão teria furado a fila.
 

"Um momento como esse serve para a gente conhecer melhor o Sistema Nacional de Transplante, mas infelizmente muita gente que é anti-SUS quer usar esse momento para espalhar fake news, o que é muito grave", diz o ministro no vídeo.
 

O político ainda afirmou que o país tem o maior sistema nacional e público de transplante do mundo e que, durante seu mandato como ministro da Saúde, em 2012, o Brasil bateu recorde de transplantes no mundo.
 

"Fila na saúde não é igual a padaria. Faustão não foi o único que fez transplante de coração."
 

Faustão no momento se recupera da cirurgia em uma UTI. De acordo com os médicos, o novo órgão está funcionando como o esperado e o apresentador passa bem.

Jerônimo inicia conversas com PT, PSB e MDB sobre 2024 e agenda reunião do conselho político

                                                                         

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) iniciou, nesta segunda-feira (28), uma rodada de conversas com partidos da base aliada sobre 2024. Os primeiros “convocados” foram representantes de PT, PSB e MDB e, por enquanto, há a expectativa de que uma reunião do conselho político seja finalmente convocada para os primeiros dias de setembro.

 

Em publicações nas redes sociais, os presidentes do PT, Éden Valadares, e do PSB, Lídice da Mata, indicaram que o assunto dos encontros com Jerônimo foi a disputa eleitoral do próximo ano. Apesar de terem acontecido no mesmo dia, as conversas foram individualizadas - em um primeiro momento, essa estratégia teria sido traçada pelo governador e pelo entorno dele, formado essencialmente pelo chefe de gabinete, Adolpho Loyola, e pelo secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano.

 

Reunião com Lídice da Mata e Rodrigo Hita, do PSB

 

Enquanto o PT apresentou, na última sexta (25), o nome do deputado estadual Robinson Almeida para disputar a prefeitura da capital baiana, o PSB possui nomes como o da própria Lídice, do vereador Silvio Humberto e do presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), José Trindade.

 

Reunião com Geddel e Lúcio Vieira Lima e Alex Futuca, do MDB

 

Já o MDB, que tem o vice-governador Geraldo Jr. como uma das apostas, não publicou imagens do encontro nas redes sociais. O partido tem adotado uma postura mais discreta nas movimentações políticas que envolvem os irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima, apesar de ambos estarem ativos nos debates sobre as relações entre a sigla e o governo baiano. Coube ao próprio Jerônimo publicar registros da reunião com os emedebistas.

 

CONSELHO POLÍTICO

Esperada desde o mês de junho, a reunião do conselho político da base do governo baiano começa a tomar forma para acontecer no começo de setembro. O deputado federal Bacelar (PV) já havia antecipado a informação durante entrevista ao podcast Projeto Prisma nesta segunda (28) e a movimentação envolvendo PT, PSB e MDB confirma a expectativa.

 

Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, o dia 2 de setembro foi previamente reservado para um café da manhã com representantes de todos os partidos que compõem a base de apoio a Jerônimo. No entanto, o governador indicou que será mantido o encontro apenas se conseguir finalizar as conversas com todos as legendas ao longo da semana.

 

Dentro as siglas que ainda não teriam tido encontros individualizados com Jerônimo estão o PCdoB, o PSD e o Avante, partidos que possuem pré-candidaturas ou musculatura política para reivindicar espaço na composição tanto na disputa em Salvador quanto em outras cidades-chave na Bahia. O arco de alianças do governo ainda inclui Podemos (que se fundiu com o PSC), Cidadania e PSOL.

 

O PCdoB apresenta o nome da deputada estadual Olívia Santana e o PSD tenta viabilizar um nome, que pode ser do deputado federal Antonio Brito - todavia, o parlamentar estaria mais focado em se tornar viável como candidato à presidência da Câmara dos Deputados.

Com lesão no joelho, Cauly desfalca o Bahia em confrontos diretos na Série A

                                                                                   


O meia Cauly está fora dos próximos jogos do Bahia na Série A. Em comunicado divulgado na manhã desta terça-feira (29), o clube anunciou que o atleta teve uma lesão no ligamento colateral medial do joelho direito. A recuperação deve durar cerca de um mês. 

 

Cauly se lesionou no primeiro tempo do jogo contra o Botafogo no último domingo (27), no estádio Nilton Santos. Após ser substituído, o camisa 8 iniciou o tratamento, mas continuou a sentir dor e mancar. Na última segunda-feira (28), uma ressonância magnética definiu o diagnóstico.

 

Sem Cauly, Léo Cittadini é a principal opção para o técnico Renato Paiva. No próximo domingo (3), o Tricolor vai enfrentar o Vasco, na Arena Fonte Nova, pela 22ª rodada da competição. Na sequência, os adversários serão Coritiba (fora) e Santos (casa).

Brasil teve custos de R$ 1,3 bi relacionados ao câncer de pulmão em 2019

 

O Brasil gastou, em 2019, R$ 1,3 bilhão com custos diretos e indiretos relacionados ao câncer de pulmão, de acordo com estudo divulgado na noite desta segunda (28).
 

Segundo dados levantados do Ministério da Saúde e da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) referentes aos anos de 2015 a 2019, aproximadamente 80% dos custos são relacionados a mortes precoces, gerando assim uma alta perda de produtividade no país.
 

Embora seja considerado o quarto tipo de câncer mais prevalente do país (atrás, respectivamente, de câncer de mama, próstata e cólon e reto), o câncer de pulmão tem uma alta letalidade: em 2015, provocou 26,5 mil mortes, passando para 29,3 mil em 2019, com crescimento médio de 2,54% ao ano. Já os cânceres de próstata e mama causam, anualmente, menos de 20 mil mortes cada um.
 

O alto custo indireto relacionado ao câncer de pulmão, de R$ 1 bilhão, supera o de câncer de próstata (R$ 800 milhões), e fica próximo ao do câncer de mama (R$ 1,381 bilhão), que também tem alta mortalidade.
 

O estudo foi liderado pelo Insper e patrocinado pela AstraZeneca. Os resultados foram apresentados em evento nesta segunda (28) no Centro Britânico Brasileiro, na zona oeste de São Paulo.
                                                                           


No evento foi lançado também o primeiro consenso médico para o rastreamento do câncer de pulmão no país, desenvolvido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, pela SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e pela SBCT (Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica).
 

Para avaliar o impacto econômico do câncer de pulmão no Brasil, os pesquisadores utilizaram dados de atendimentos ambulatoriais e hospitalares disponíveis nas plataformas SIH (Sistema de Informações Hospitalares) e SIA (Sistema de Informações Ambulatoriais), do DataSUS, e de atendimentos no serviço privado, obtidos pela TISS (Troca de Informação em Saúde Suplementar), da ANS.
 

Em seguida, dividiram os custos em indiretos, que podem ser entendidos como todos os gastos que não têm relação direta com a internação ou com a doença, e diretos, como custos ambulatoriais, hospitalares e de tratamento. Em 2019, os custos indiretos do câncer de pulmão foram de R$ 1,012 bilhão, contra R$ 1,381 bilhão para o câncer de mama, e R$ 164 milhões para o de próstata.
 

Por outro lado, tanto o câncer de mama quanto o de próstata tiveram gastos maiores relacionados à internação no SUS, de R$ 159 milhões e R$ 106 milhões, enquanto o câncer de pulmão teve gasto de R$ 41,6 milhões. Isto se deve, segundo os autores, ao diagnóstico tardio do câncer de pulmão, já descoberto em estágio avançado e com pouca chance de cura.
 

Como o gasto relacionado à mortalidade por câncer de pulmão é muito superior ao registrado para internação, os pesquisadores defendem que haja a implementação de um sistema de rastreamento de pacientes, à maneira como é feito hoje para o câncer de mama.
 

Além do dado quantitativo, a pesquisa realizou uma revisão sistemática (análise com base em estudos já publicados no passado sobre o tema) e um inquérito com especialistas na área para listar quais seriam os principais gargalos no diagnóstico precoce e rastreamento de câncer de pulmão no país.
 

Para a economista e pesquisadora do Insper Vanessa Boarati, que liderou o estudo, não havia antes dados sobre gastos com câncer de pulmão no país que pudessem fomentar políticas públicas. "Com o objetivo de quantificar os custos econômicos, mapear e classificar as principais barreiras para políticas públicas, o estudo foi feito com o intuito de analisar o que seria necessário para uma política de rastreamento nacional", disse.
 

Entre as barreiras encontradas para o diagnóstico precoce de câncer de pulmão estão barreiras no sistema de saúde, que está saturado; de regulação e acesso a novas tecnologias terapêuticas; na promoção de campanhas; e de maior mobilização política e social para alcançar mudanças no cenário atual.
 

Segundo Carlos Gil, presidente da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) o câncer de pulmão, pela alta mortalidade, tem grande impacto econômico. "O câncer de pulmão é um problema de saúde pública global e a melhor estratégia para aumentar a chance de cura é o diagnóstico precoce", afirmou.
 

"Nesse sentido, as estratégias de rastreamento no Brasil ainda são muito limitadas. O estudo é importante ao tentar levantar os custos desse tipo de câncer no país, com foco no potencial impacto das estratégias de rastreio", completou o médico.
 

Como há uma forte relação entre o tabagismo e o câncer de pulmão, o guia lançado nesta segunda (28) recomenda a realização de exame de tomografia de baixa dosagem em fumantes e ex-fumantes com 50 anos ou mais e que tenham fumado mais de 20 maços por ano.
 

Segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer), são esperados 32 mil novos casos por ano de câncer de pulmão para o triênio 2023 a 2025. Apesar disso, o Brasil está na rota para redução do tabagismo, como preconizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), tendo atingido todas as medidas recomendadas pelo órgão, segundo relatório divulgado no último mês.
 

O documento apresentado pelas sociedades médicas faz parte da iniciativa Lung Ambition Alliance, com apoio da farmacêutica AstraZeneca, e procura implementar um programa nacional de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de pulmão.
 

"Esse levantamento inédito é parte de uma estratégia em prol de melhorias significativas no cuidado dos pacientes com câncer de pulmão, incluindo a expectativa de dobrar a taxa relativa de sobrevida em cinco anos que é, atualmente, de 18%, para 36%", afirmou o diretor-geral da AstraZeneca no Brasil, Olavo Corrêa.

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