Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil
O ex-deputado Roberto Jefferson, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do mensalão, disse, em entrevista à Folha, que o caso da Petrobras consolida o começo da destruição do mito do PT. “É o epílogo daquela história. O mensalão foi o prefácio, agora o Brasil está lendo o epílogo. O PT prostituiu a classe política”, acusou o ex-parlamentar. Ele classifica como o escândalo atual como “pior assalto” aos cofres públicos. “Pega governadores, senadores, a elite do Congresso. É uma bomba atômica. No ano que vem, vamos ver muitos processos de cassação”, previu. O ex-deputado conseguiu direito para trabalhar, em um escritório de advocacia no Rio de Janeiro, após nove meses preso. Da cela, ele chegou até a acompanhar os debates televisivos do primeiro turno e conta que vibrou com Aécio. “É meu velho amigo, fiquei muito feliz com a ida ao segundo turno”, comemorou. Apesar de qualificar a presidente Dilma Rousseff como uma mulher “séria e honrada”, ele opina que ela não pode expor a herança de corrupção do partido para não atingir o ex-presidente Lula. “Ela está manietada, é uma presidente pela metade. Ela tem um compromisso de silêncio. Não pode expor as vísceras do partido que integra. A Dilma está engordando. É sofrimento, ansiedade”, avalia o preso. Roberto diz que pretende pleitear o regime aberto em seis meses, para dormir em casa com tornozeleira. Após o prazo de oito anos de cassação dos direitos políticos, ele diz que pretende voltar ao Congresso. “Minha vida é essa, não sei fazer outra coisa”, promete.
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