quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Deputados com maior número de votos gastaram boa parte da verba com publicidade

Deputados com maior número de votos gastaram boa parte da verba com publicidade
Entre os 10 mais votados, Caetano foi quem mais gastou l Foto: Bahia Notícias
A divulgação da prestação de contas das campanhas das eleições de 2014 mostrou que, entre os dez deputados federais mais votados da Bahia, a maior parte das despesas foi feitas com publicidade. Lúcio Vieira Lima (PMDB), que teve 222.164 votos, teve receita de R$ 2.424.750,00 e despesa de R$ 2.424.687,46. Os maiores doadores da campanha foram a construtora OAS, com R$ 732 mil, a Braskem, com R$ 400 mil, e o seu pai Afrísio De Souza Vieira Lima, com R$ 281.250,00. Inclusive, 'seu' Afrísio recebeu o mesmo valor da campanha, como mostra a prestação de despesas. O maior gasto de Lúcio foi com publicidade: considerando a produção para rádio, televisão e materiais impressos, o custou chegou a R$ 1.576.927,60, distribuído entre empresas como Cartograf, TMX e Elos. Mário Negromonte Jr. (PP) teve receita de R$ 1.607.840,05, sendo que R$ 850 mil foram da empresa JBS (proprietária da Friboi) através do diretório nacional do partido. Já os seus gastos foram de R$ 1.606.582,40, sendo que R$ 1.120.455,39 foram com publicidade. Irmão Lázaro (PSC), terceiro mais votado, foi mais modesto em sua arrecadação – R$ 304.005,00, com R$ 160.500,00 saindo de seu próprio bolso – e em seus gastos, que somaram R$ 304.002,00. Deste montante, R$ 197.811,80 foram em publicidade. Antonio Brito (PTB) arrecadou R$ 1.293.288,98, sendo que R$ 300 mil foram da Rede D’Or São Luiz e R$ 500 mil do Bradesco. As despesas somaram R$ 1.293.129,62, sendo que R$ 583.106,28 foram em publicidade – também chama atenção o pagamento de R$ 100 mil para o escritório de advocacia Mattos, Medica, Santos Soares. Ronaldo Carletto (PP) angariou R$ 905.754,99, com R$ 400 mil originários do diretório nacional do partido, e pagou o valor exato durante a campanha, com R$ 436.550,00 em publicidade. Daniel Almeida (PC do B) embolsou R$ 1.402.598,90 na campanha, com R$ 599.986,00 sendo da empresa JBS (proprietária da Friboi) através do diretório nacional do partido, e gastou R$ 1.402.311,38 – R$ 591 mil foram revestidos ao próprio comitê e R$ 437.016,04 em publicidade. Félix Mendonça Jr. (PDT) arrecadou R$ 1.204.333,27 em doações, que incluíram R$ 1.055.000,00 apenas da MRM Construtora – que é de propriedade de sua família. Já os gastos de campanha alcançaram os R$ 1.204.070,16, com R$ 686.632,17 sendo investidos em publicidade. Luiz Caetano (PT) foi o que mais arrecadou – com R$ 2.933.087,31 em caixa, com R$ 413.250,00 da GPO - Gestão de Projetos e Obras – e gastou R$ 2.932.987,83, boa parte em gastos de despesas de pessoal e R$ 1.329.942,12 em publicidade e R$ 55 mil e táxi aéreo. Cacá Leão (PP), filho do vice-governador eleito João Leão (PP), arrecadou R$ 2.094.970,72, sendo R$ 650 mil originários da Friboi. As despesas foram de R$ 2.093.692,87, sendo R$ 1.473.471,27 em publicidade. Por fim, Jorge Solla (PT), embolsou R$ 1.136.899,76 e gastou o mesmo valor – assim como os demais, a maior parte da verba foi para a publicidade (R$ 539.579,68, no caso).

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