Foto: Patrícia Costa/ Tudo FM
O presidente estadual do PMDB, Geddel Vieira Lima, assumiu nesta quinta-feira (6) a existência de uma “divisão clara” entre as decisões regionais e a Executiva Nacional do partido. Em entrevista ao jornalista Samuel Celestino no programa Bahia Notícias no Ar, na rádio Tudo FM 102,5, o ex-candidato ao Senado disse que a ausência de um projeto único fez com que as lutas regionais de sobrepusessem à luta nacional por não se assumir “os riscos da democracia” de ganhar ou perder na eleição. "Eu quis ser candidato a governador da Bahia, não fui exatamente porque não tinha uma âncora nacional. Você sempre corre o risco de ser segundo palanque de Aécio, segundo palanque de Eduardo Campos, segundo palanque de Dilma Rousseff... Eu já paguei esse preço em 2010. Terminei tendo que fazer composição pra ir pro Senado na medida que eu não me viabilizei", contou. Contudo, para Geddel, a ideia de uma candidatura própria ao Palácio do Planalto em 2018 é uma postura incompatível com a ideia de lutar pra aumentar o espaço no atual governo. Para ele, daqui a quatro anos haverá uma “situação clássica” na disputa presidencial entre PT e PSDB, já que a inserção de outros partidos como terceira via não deu resultado em 2014. "A Marina [Silva], quando quase se viabiliza no primeiro turno, não se estabilizou como terceira via. É que, em determinado momento, a sociedade viu nela a oposição. Não se sustentou e a sociedade voltou para Aécio na oposição real", avaliou. Vieira Lima ainda falou sobre a reforma política e a proposta de plebiscito feita por Dilma. "Isso para nós é matéria vencida. O PMDB não embarca nessa história de plebiscito. [...] Você tem um Congresso Nacional que acaba de sair das urnas, legitimamente eleito, pra tratar desses temas", garantiu. Segundo ele, seu partido fará uma proposta que abarcará questões como o fim de coligação proporcional, cláusula de barreira, definição sobre voto distrital misto e financiamento de campanha. Geddel ainda criticou o fato de Dilma propor diálogo de forma “etérea” e cobrar “oposição construtiva” sem apresentar pautas concretas. “Na democracia , governos são eleitos para governar. E quem perde eleição, perde para se opor, pra dizer que não está de acordo com que o governo está fazendo”, pontuou.
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