SÃO PAULO - Apontado como operador do PMDB no desvio de recursos da Petrobras, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, entregou-se ontem à Polícia Federal, em Curitiba (PR). Ele estava com a prisão temporária decretada desde a última sexta-feira, quando teve também o nome incluído na lista de procurados pela Interpol.
O lobista estava em São Paulo e chegou à sede da PF na capital paranaense de táxi. No documento assinado por ele na unidade policial, consta que se entregou às 17h7m. Por volta das 20h, ele deixou o local em uma viatura, supostamente para fazer exame de corpo de delito.
A apresentação de Baiano causou surpresa porque, semana passada, o advogado Mário de Oliveira Filho disse que ele estava sendo usado como “bode expiatório” e que não se entregaria. Oliveira Filho afirmou que seu cliente estava colaborando com as investigações e que tinha depoimento marcado. A defesa entrou com um pedido de habeas corpus ainda na semana passada, na tentativa de revogar o mandado de prisão, mas ambos resolveram mudar de estratégia. Ontem, o GLOBO tentou contato com o advogado, mas não teve retorno.
NEGROMONTE FORAGIDO
Agora, o único com mandado de prisão expedido na sétima fase da Operação Lava-Jato e que continua foragido é Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA). Ontem, a defesa dele apresentou um pedido de revogação da prisão temporária, alegando que, no dia das prisões, seu cliente não foi procurado em sua residência. Por isso, a defesa sustenta que ele não pode ser considerado foragido.
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