Sem salários, médicos fazem operação padrão em maternidade

Os obstetras e pediatras da Maternidade Albert Sabin, no bairro de Cajazeiras, em Salvador, fazem operação padrão a partir desta sexta-feira (7). O motivo é a falta de pagamento dos salários dos médicos que prestam serviços ao estado.  O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) orienta os pacientes a procurarem outras maternidades enquanto durar o movimento na unidade de Cajazeiras.

De acordo com o Sindimed, quem possui contrato precário está sem receber salários desde agosto. O sindicato afirma que a Sesab chegou a anunciar que pagaria no dia 31 de outubro, depois mudou a data para quarta-feira passada, dia 5 de novembro.

Segundo o vice-presidente do Sindimed, Luiz Américo Pereira, “de hoje até segunda, será feita uma triagem e só serão atendidos os pacientes que tiverem alto risco os outros serão encaminhados para outras unidades”, garantiu afirmando que caso o atraso no pagamento dos salários não seja regularizado, a paralisação será ampliada e por tempo indeterminado.

Segundo o Sindimed, apenas parte dos médicos que trabalham no Hospital Geral do Estado (HGE), Ernesto Simões Filho, Hospital Regional de Guanambi, Luiz Viana Filho, Prado Valadares (Jequié), João Batista Caribé, Hospital Geral de Vitória da Conquista, Hospital Geral de Ipiaú, Clériston Andrade, Couto Maia, Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) e Maternidade Ticila Balbino foram pagos.

Os médicos do Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, Hospital Geral de Camaçari, Hospital Roberto Santos e a Maternidade Albert Sabin, em Salvador, estão sem receber. A previsão era que eles recebessem até esta sexta, mas segundo o Sindimed os valores não foram repassados. “Esperamos que até segunda-feira essa situação seja resolvida”, declarou Américo.