Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Muito se aguardou para se ter inteiro conhecimento do secretariado do governador Rui Costa. A demora não indicava sinais positivos e, sim, dificuldades para encaixar políticos derrotados na última eleição. Quando ontem anunciada a equipe que trabalhará ao lado do novo futuro governador, no horizonte brotou uma interrogação, um susto, e emergiu um velho ditado que atravessou o século XX: “a montanha pariu um rato”. Surpreendeu para pior, embora alguns nomes mereçam destaques. São os dos secretários herdados de Wagner que demonstraram competência, como Manoel Vitório, que já havia migrado para a Fazenda; Maurício Barbosa, da Secretaria de Segurança Pública que, para não gerar desconfianças, terá a obrigação de rearrumar inteiramente o setor em que continuará, mexendo em nomes e cargos, de sorte que a população passe acreditar que a violência diminuirá. A Polícia Militar obrigatoriamente passará, supõe-se, por uma mexida interna; a Educação ha qualidade com Oswaldo Barreto, mas de igual modo a secretaria haverá de passar por mudanças. Outro nome é de destaque, o de Marcos Cavalcanti. Outras permanências não entendi, assim como não consegui achar razão alguma nas escolhas, com exceção do novo secretário da Saúde, Fábio Vilas Boas. Marcos Cavalcanti e André Curvello, que comandará a secretaria da Comunicação. De resto, os novos assustam. Há muitas confusões e diversas interrogações: o vice-governador João Leão, por exemplo, é pessoa afável, mas não conhece a secretaria de Planejamento nem de fotografia. Cito apenas estes porque me confesso confuso, muito confuso, com os demais escolhidos por Rui Costa. Já não é conveniente, muito menos aceitável, premiar derrotados nas urnas com cargos de secretarias. Creio que o novo governador perdeu uma excelente oportunidade para renovar o quadro de gestores do estado, revelar novos talentos, como em outros tempos aconteceu, daí ter comparado o anúncio dos novos nomes (dos novos, repito) com a história da montanha que pariu ratinhos. Espero que dê certo. É difícil acreditar que isso venha acontecer. Ao que parece, Rui apresentou seu secretariado antecipando reformas do próprio grupo mais adiante. Ao lembrar ditados, há outro que me parece bem adequado e que se encaixa no susto: “Pelo tamanho do dedo se conhece o gigante”. Vou procurar, governador, provavelmente em vão, um dedo para ver se encontro um gigantes na nova equipe. Espera-se que amanhã, com o anúncio do resto do secretariado, o gigante apareça.
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