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O ano de 2014 foi um divisor de águas para a Bovespa, que viu o enfraquecimento das gigantes Petrobrás e Vale, o fortalecimento dos bancos e a consolidação da Ambev como empresa mais valiosa do País. A queda no preço internacional das commodities contribuiu para que a Petrobrás perdesse 40,6% em valor de mercado nos últimos 12 meses, totalizando R$ 127,5 bilhões no fechamento de ontem, enquanto a Vale recuou 39,6%, para R$ 107,6 bilhões, de acordo com dados da Economática. Com isso, ambas não aparecem mais entre as três maiores companhias do País, sendo ultrapassadas por Itaú Unibanco e Bradesco. Já a Ambev perdeu 5,3%, mas ainda assim fechou o ano com valor de mercado de R$ 256,7 bilhões, mantendo-se na liderança e valendo mais de duas Petrobrás. O cenário negativo para os preços internacionais das commodities foi destaque em 2014. A economia chinesa, grande consumidora de insumos básicos, seguiu em compasso de desaquecimento e reduziu sua demanda por itens importados, como o minério de ferro, que atingiu seu menor preço em mais de cinco anos. O preço das commodities em baixa fez com que a aversão ao risco tomasse conta dos mercados no Brasil, provocando a fuga dos investidores das ações da Vale e da Petrobrás. No caso da petrolífera, o movimento acabou agravado pelos escândalos de corrupção envolvendo a estatal. A aversão de investidores ao risco no mercado financeiro foi acentuada pelo clima de incerteza no País, que teve um ano marcado por baixo crescimento da economia e volatilidade. Como resultado, houve maior procura por companhias consideradas resilientes. Isso fez o valor de mercado do Itaú Unibanco crescer 21,6% nos últimos 12 meses e atingir R$ 183,1 bilhões, enquanto o Bradesco avançou 13,6% e somou R$ 145,5 bilhões.
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