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O sistema de bandeiras tarifárias, que permite o repasse mensal para a conta de luz do custo extra das distribuidoras com o uso de termelétricas, começa a vigorar em janeiro de 2015, mas a mudança não deverá trazer custos extras para os consumidores. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a receita que as distribuidoras tiverem com o pagamento será considerada na hora de calcular o reajuste tarifário de cada empresa. Atualmente, o custo que as distribuidoras têm com a compra de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a gerada por hidrelétricas, é repassado anualmente para as contas de luz, no momento em que a Aneel calcula o reajuste das tarifas de cada distribuidora. Com o sistema de bandeiras tarifárias, os consumidores vão pagar mensalmente o custo extra. “O sistema não representa um custo maior, apenas desloca no tempo o momento do recolhimento desse custo pelos consumidores. O custo existe, mas passará desapercebido”, disse nesta quarta-feira (17) o diretor da Aneel, André Pepitone. Segundo a Agência Brasil, as bandeiras vão funcionar como um semáforo de trânsito, com as cores verde, amarela e vermelha para indicar as condições de geração de energia no país. Por exemplo, se for um mês com poucas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas estarão mais baixos, por isso será necessário utilizar mais energia gerada por termelétricas, que tem preços mais altos. Quando a conta de luz vier com a bandeira verde, significa que os custos para gerar energia naquele mês foram baixos, portanto, a tarifa de energia não terá nenhum acréscimo. Se vier com a bandeira amarela, é um sinal de atenção, pois os custos de geração estão aumentando. Nesse caso, a tarifa de energia terá um acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Já a bandeira vermelha mostra que o custo da geração naquele mês está mais alto, com o maior acionamento de termelétricas, e haverá um adicional de R$ 3 a cada 100 kWh.
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