Foto: Betto Jr/ Ag Haack/ Bahia Notícias
Secretário de Turismo da Bahia entre 2007 e 2013, durante o governo Jaques Wagner, Domingos Leonelli (PSB) saiu do que chamou de “silêncio obsequioso” após deixar a pasta para responder ao artigo publicado pela dramaturga, poeta e escritora Aninha Franco “Tudo está bem na cultura baiana? Para quem, caro Albino?”, onde Aninha diz que “Rubim dispôs da ajuda de Domingos Leonelli para destruir o negócio turístico da Bahia”. “Não concordei como Wagner negociou a secretaria após a minha saída. Então achei que não devia comentar nada. Mas resolvi me manifestar após esse ataque”, disse, ao se mostrar espantado pelo ataque da escritora em seu artigo. “Não entendo porque tanto ódio. Dizer que Albino teve minha ajuda para destruir o negócio turístico da Bahia é um absurdo”, declarou inicialmente o ex-secretário, que listou diversas atividades feitas durante sua gestão. “O turismo cresceu na minha gestão sobre todos os aspectos. Dobrou o número de turistas (na Bahia). Em 2006, tivemos 11 milhões de desembarques aéreos. Em 2012, tivemos 22 milhões de desembarques. Tínhamos 2 bilhões de dólares em investimentos privados, em 2013 eram mais de 5,5 bilhões para serem investidos. Ou seja, mais do que dobrou. Ampliamos o número de voos internacionais, nacionais e regionais, especialmente colocando para funcionar os aeroportos de Lençóis, Valença e Paulo Afonso, em ações conjuntas da Secretaria de Turismo, Transporte e Fazenda. Ativamos os empreendimentos do turismo rural, saímos de 12 para 112 em 2013. Interiorizamos o turismo como nunca foi feito na Bahia, como turismo de vinho na região do São Francisco. Iniciamos a rota do chocolate em Ilhéus. Cresceu em mais de 20% o número de novos hotéis na Bahia durante minha gestão. Fizemos o maior programa de qualificação na área, com 20 mil pessoas qualificadas em sete anos. Preparamos o projeto de R$ 200 milhões do Prodetur (Programa de Desenvolvimento do Turismo) para a Baía de Todos-os-Santos, com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Captei R$ 30 milhões do Ministério do Turismo para a Feira de São Joaquim, cuja a primeira etapa deve ainda ficar pronta, mas por conta do atraso da Conder”, disse Leonelli. O ex-secretário comentou também sobre suas ações na região do Pelourinho. “Foram mais de R$ 20 milhões para o patrimônio histórico, com reformas nas igrejas dos Rosário dos Pretos, do Boqueirão, da Casa das Sete Mortes. Ampliamos o que era antes um pequeno posto da Bahiatursa, que recebe milhares de turistas por mês. Mas ela (Aninha) sabe, e agora apelo para a honestidade intelectual dela, que o Centro Histórico nunca esteve sob responsabilidade da Secretaria de Turismo. A (Secretaria de) Cultura também fez muito pelo Pelourinho, assim como a Casa Civil. É uma besteira essa afirmação dela”. Por fim, Leonelli falou que a escritora “tem todo direto de comemorar a derrota de Lídice (candidata ao governo pelo PSB) e destilar o seu ódio contra a esquerda, mas que faça com verdade” e ainda comentou o caso citado por Aninha da ‘Parada Disney’ organizada na Orla de Salvador em 2010. “Não foi iniciativa de Bahiatursa. Foi uma bobagem que passou, ninguém lembra, só ela. Foi um pedido do governo, não foi organizado por nós, apenas pegamos, por pedido do governo . Mas ela não lembra que organizamos o São João do Pelô, fortalecemos essa festa baiana, com 90% das bandas de forró sendo da Bahia. Talvez ela ache que forró não seja cultura”, comentou.
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