Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A esperada primeira reunião da presidente Dilma Rousseff com parte do seu ministério, notadamente da área econômica, passou ao largo do que deveria ser uma reunião. Nada mais foi de um discurso de 35 minutos, sem interferências, e de certo modo capenga. A presidente falou do que teria de fazer, dos propósitos de gestão, do que não fará, especialmente na área trabalhista diante da reação de setores sensíveis, a começar pelo seu partido, o PT, sindicatos e trabalhadores. Rodopiou em torno de temas já conhecidos. Acentuou ainda o previsível: correções na economia. As reações da mídia e da opinião pública não foram boas. Em nenhum momento Dilma fez uma autocrítica do seu primeiro e desastrado governo, embora começasse lá de baixo, dos dois governos de Lula. Nada de petrolão e da política econômica que colocou em prática no seu primeiro quadriênio que agora se reflete na difícil situação do País. De mais a mais, a presidente continuou na tecla da crise externa, e não interna, como se os países do hemisfério norte, notadamente os Estados Unidos, não estejam (alguns deles) sobrepujando as dificuldades que enfrentaram lá atrás. Bem, Dilma é ela, seu espelho e circunstâncias. As explicações esperadas e a reunião com ministros ela fica a dever. Mas não pagará.
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