Foto: Reprodução / TV Bahia
O acesso ao Porto de Salvador, na Cidade Baixa, passou a manhã desta quinta-feira (26) bloqueado por caminhoneiros, mesmo após o acordo entre representantes do setor e o Governo Federal, na última quarta (25). De acordo com presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Contêineires da Bahia, José Rubem, a paralisação do porto impede as operações de importação e exportação. "Cargas de importação que deveriam estar aqui esses dias vão para outros portos, vão demorar talvez mais quinze ou vinte dias, porque vão ser transferidos de outros portos pra cá. E a carga de exportação não sai, porque o porto não tem como ser acessado", explicou. A perspectiva do sindicalista é pessimista. "As indústrias podem até estar produzindo, um, dois ou três dias, mas depois disso vão começar a parar as produções", concluiu. Segundo o dirigente, o motivo da suspensão das fábricas seria o limite do estoque, porque não existe alternativa para escoamento da produção. Rubem deu exemplo da empresa Engepack, que segundo conversas do mercado, pararia de produzir nesta sexta (27). Ao Bahia Notícias, a empresa negou a informação e afirmou que "está escoando a produção pelas rodovias", já que a situação que se configura em Salvador está mais no porto, que trava a entrada e retirada de contêineres. Quando questionado sobre o impacto no consumidor, José Rubem disse que não é imediato, mas de vinte dias em diante será possível sentir os reflexos. "Se a matéria-prima não chegar na indústria, a indústria não tem como produzir. Para a indústria, o produto final não sai, você tem aí o impacto no consumidor final", explicou. Segundo o sindicalista, o setor suporta até mais três dias de paralisação, sem que haja grandes consequências.
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