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O PT pode ter recebido até US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 em propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras. Pelo menos essa foi a estimativa que Pedro José Barusco Filho, ex-gerente de engenharia da Petrobras, fez durante depoimento concedido em acordo de delação premiada. Barusco afirma que o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, teve "participação" no recebimento desse suborno. Vaccari Neto, de acordo com ele, ficou, até março de 2013, com US$ 4,5 milhões. O depoimento foi prestado em outubro e revelado nesta quinta-feira (5) pela Folha de S. Paulo. Segundo Barusco, o tesoureiro do PT participou pessoalmente de um acerto fechado entre funcionários da Petrobras e estaleiros nacionais e internacionais relativos a 21 contratos para construção de navios equipados com sondas, contratações que envolveram ao todo cerca de US$ 22 bilhões. Então, Vaccari distribuiu 1% do valor desse contrato de forma que 2/3 iriam para seu próprio bolso e 1/3 para 'Casa 1' e 'Casa 2', que seriam Renato Duque, Roberto Gonçalves, João Carlos de Medeiros Ferraz e Eduardo Musa, cooptados para o pagamento de propinas. Barusco disse que um dos pagamentos foi de US$ 2,1 milhões do estaleiro Jurong para Renato Duque, na Suíça. Até março de 2013, segundo Barusco, João Vaccari já havia recebido um total de US$ 4,52 milhões do estaleiro Kepell Fels.
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