quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Entidades estimam piso de 8,84% para reajuste; 34 mil receberam abaixo do mínimo, diz Fetrab

Entidades estimam piso de 8,84% para reajuste; 34 mil receberam abaixo do mínimo, diz Fetrab
Foto: Divulgação/Fetrab
Entre os três pilares essenciais das reivindicações dos servidores públicos do Estado, expostos em reunião nesta terça-feira (25) com o secretário de Relações Institucionais (Serin), Josias Gomes, está o pagamento do reajuste sem a utilização de parcelas, como ocorre nos últimos anos. “Queremos um repasse inflacionário linear retroativo a janeiro não queremos mais que divida em parcelas. No ano passado, a segunda parcela não retroagiu a janeiro”, explica a presidente da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), Marinalva Nunes. No documento entregue ao secretário, com data de 23 de dezembro de 2014, também consta o estabelecimento do salário mínimo como piso para a remuneração do funcionalismo na Bahia. De acordo com Marinalva, em torno de 34 mil servidores passam com esse problema, a exemplo de soldados da Polícia Militar, técnicos de nível médio e auxiliares, com acúmulo de 63,46% de perda salarial entre 2013 e 2014. “Para estabelecer o salário mínimo e recuperar as perdas tem que ter um reajuste de no mínimo de 8,84%”, diz a sindicalista. No caso dos servidores que recebem acima do salário mínimo, a perda salarial estimada é 32,46%. Participaram do encontro outras entidades como Sindpoc (Polícia Civil), Sindisaúde, Sindsefaz e APLB Sindicato (professores). Os sindicatos propuseram também o cumprimento do piso nacional do magistério; uma nova sede, com mais infraestrutura, para o Planserv. Como temas para se “abrir o debate”, estão o déficit previdenciário e  o pagamento da Unidade de Real Valor (URV), referente às perdas salariais ocorridas com a mudança da moeda em 1994. “Queremos desmistificar esse tema, a URV não é bicho papão. O secretário disse que nas próximas rodadas aprofundaremos a questão. Segundo ele, é decisão governamental acatar a decisão judicial. Outros estados já resolveram isso, como Rondônia, Alagoas. A Bahia também resolveu: com a magistratura, com o Tribunal de Contas, com a Assembleia Legislativa”, ressaltou. A próxima reunião ainda não tem data marcada para ocorrer, mas Marinalva se diz otimista. De acordo com a dirigente, o secretário “foi bastante atencioso, gentil e aderiu à pauta”, e levará o pleito para análise junto às secretarias da Administração (Saeb) e da Fazenda (Sefaz).

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