Foto: Alexandre Galvão / Bahia Notícias
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (PDT), disse que vai "reduzir na carne" os gastos da Casa para conseguir arcar com os R$ 11 milhões anuais, decorrentes do aumento da verba de gabinete. "Já acabamos com as bolsas de estudos, vamos reduzir diárias, vamos reduzir publicidade, vou cortar na carne", prometeu. Durante a cerimônia que empossou Marcos Presídio conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na tarde desta segunda-feira (30), Nilo explicou que o reajuste foi necessário e compensa a inflação dos últimos quatro anos. "Todas as assembleias deram, o Congresso deu, é o reajuste de quatro anos e vou cortar na pele. A situação financeira da assembleia não podia ser diferente: a segunda mais austera do país e o governador me disse que não teria condições de dar suplementação", explicou o presidente da AL-BA. Segundo Nilo, "ficaria muito ruim para a Casa" se não houvesse o reajuste, já que poderia passar "a impressão que nós queríamos não cumprir aquilo que prometemos". Nilo reconheceu que o momento de reajuste é inoportuno, haja vista a situação econômica do país. "Fiz tudo para não dar esse aumento, conversei com os pares, mas infelizmente eles argumentaram que os funcionários dos gabinetes precisam de aumento. Os servidores públicos têm aumento anual, enquanto que os servidores da assembleia têm aumento de quatro em quatro anos na área dos gabinetes", explicou o deputado. A proposta será colocada em votação aberta nesta terça-feira (31) na AL-BA. Em resposta às críticas da deputada estadual Luiza Maia (PT), Marcelo Nilo disse esperar que a petista tenha coragem de ir. "Eu tenho certeza que amanhã ela vai correr da Assembleia, como ela sempre fez. Na hora do voto ela corre, joga para a plateia e nós não aceitamos. Eu sou um deputado, presidente, que assume", finalizou Nilo.
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