Picada do mosquito da dengue transmite 'doença misteriosa' | Foto: Fap
O vírus causador da doença misteriosa que já atingiu 3.500 pessoas na Bahia, segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), foi descoberto pelos pesquisadores Gúbio Soares e Sílvia Sardi, do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O zika vírus foi identificado esta semana em amostras de sangue de pacientes de Camaçari, por meio de uma técnica chamada RT-PCR. A pesquisa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). Segundo Soares, o zika vírus, transmitido pela picada do mosquito aedes aegypti e outros da mesma espécie, provoca um quadro semelhante ao da dengue, já que os pacientes podem apresentar sintomas como febre, diarreia, dores e manchas no corpo. Entretanto, de acordo com o pesquisador, este novo vírus é mais fracos e os sintomas mais brandos. "Zika Vírus não é tão grave quanto Dengue ou Chikungunya, não leva o paciente à morte. O quadro parece alérgico, é mais tranquilo e o tratamento é o mesmo", explica Gúbio. O zika vírus nunca foi detectado no Brasil ou na América Latina. Gúbio Soares falou sobre a importância da detecção e comemorou a descoberta inédita. “Quando você dá um diagnóstico, o paciente já vai mais tranquilo para o hospital. É muito importante para nosso grupo ter descoberto este vírus”, comemorou. Em nota, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), informou que amostras da doença foram enviadas para o Laboratório Central do Estado (Lacen), em Salvador, a FioCruz, no Rio de Janeiro, e para o Centers for Disease Control and Prevention (CD), nos Estados Unidos. Entretanto, a Sesab afirma que ainda não possui os relatórios laboratoriais.
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