terça-feira, 9 de junho de 2015

Senador quer novo depoimento de presidente do HSBC no Brasil

Senador quer novo depoimento de presidente do HSBC no Brasil
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Convencido de que o presidente do HSBC no Brasil, André Guilherme Brandão, "omitiu e mentiu" ao depor em maio na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga contas de brasileiros na filial suíça da instituição financeira, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) anunciou que estuda a possibilidade de nova convocação do executivo para depor na comissão. De acordo com a Agência Senado, o que levou o senador a pensar em novo depoimento de Brandão foi o anúncio do HSBC, feito na segunda-feira (8), de que encerrará suas atividades no Brasil, possibilidade negada pelo executivo em seu depoimento de maio na CPI. Na ocasião, conforme Randolfe, o presidente do HSBC disse que o banco "faria ajustes", mas que não estava em discussão o fim das atividades no Brasil. Mesmo assim, em entrevista ao jornalista Adriano Faria, no programa Conexão Senado, da Rádio Senado, Randolfe considerou fundamental avaliar se um novo depoimento não implicaria um desvio de foco na investigação. Para Randolfe, além do anúncio do encerramento das atividades no Brasil no instante em que a unidade suíça do banco se encontra envolvida em um grande escândalo de evasão fiscal, outra notícia importante foi o acordo do HSBC com o Ministério Público de Genebra. Por esse acordo, o banco concordou em pagar às autoridade em Genebra 40 milhões de francos suíços (US$ 43 milhões) para chegar a um acordo sobre a investigação. O assunto veio à tona depois que um ex-funcionário da área de tecnologia, Hervé Falciani, fugiu da Suíça com arquivos que supostamente mostravam evidências de sonegação de impostos de clientes, entre eles brasileiros. Randolfe defendeu ações da CPI para obter do Ministério Público suíço o compartilhamento dos termos do acordo. “[Com o acordo] há um reconhecimento de culpa”, disse. Randolfe defendeu a oitiva de Falciani, já aprovada pela CPI. Se não for possível ir à França, a comissão precisa ouvi-lo por teleconferência, argumentou. O que não pode continuar, na avaliação do senador, é a falta de providências diante de fatos novos sobre o assunto. Segundo ele, a CPI precisa "sair da inércia" e avançar nas investigações.

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