O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) é mais um que engrossa o côro pelo afastamento do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), após citações de seu nome em delações da Lava Jato. “Será um grande alívio. Esperamos provas agora em agosto para o presidente virar réu”, disse em entrevista ao programa Se Liga Bocão desta segunda (27), na Itapoan FM.
Chico Alencar chamou de “velhíssima política” a investida do presidente da Câmara para a instalação da CPI do BNDES (sem a presença do PT, segundo maior partido na Câmara), em retaliação à denúncia do montante de R$ 5 milhões que recebera no esquema do petrolão. “É muito dinheiro. É incompatível a função”.
“O nome para isso é chantagem. Dilma não tem nada a ver com a denúncia do delator. Ele está fazendo esse estardalhaço para desviar o assunto da denúncia contra ele. A gente não pode votar nada por espirito de vingança, isso não é bom para o país”, afirmou, ao ressaltar que pelo menos 26 partidos têm se mostrado cautelosos em apoiar as proposições do presidente. Para o lugar de Cunha, Chico Alencar mostrou avaliação positiva do nome do colega Miro Teixeira. “A mudança de qualidade seria muito expressiva”.
Sobre as discussões da reforma política, o socialista ironizou a possibilidade de mudanças na legislação. “É uma piada. É só para consolidar o que já existe. Até porque quem chegou lá foi por meio desse sistema, e não vai querer mudar o que está aí”.
Quanto à matéria da revista Veja que coloca o ex-presidente Lula como o próximo alvo da Lava Jato, Alencar declarou que “não tem ninguém intocável. Acho lamentável. Um homem sério que veio do sindicalismo autêntico. Não sei se é a vez dele, porque a vez é de muitos”, declarou.
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