Foto: Divulgação
Desde o início das investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras, o Ministério Público e a Polícia Federal não tentam apenas desvendar para onde foi o dinheiro desviado. Decifrar os codinomes utilizados por doleiros, operadores, executivos de empreiteiras e políticos também tem tomado muito tempo dos agentes. Os relatórios de inteligência apontam que os envolvidos tinham cautela , "no sentido de não mencionar expressamente nomes e assuntos tratados, optando pela utilização de apelidos e siglas". Mercedão é acusado de arrecadar propina, BBB protagonizou crimes e Angelina Jolie escondeu euros na calcinha. Esses são alguns dos envolvidos com “primo” que, segundo a Folha de S. Paulo, era o codinome dado ao doleiro Alberto Youssef, um dos organizadores do esquema. Braço direito de Yousseff, Rafael Ângulo Lopes seria identificado em suas missão como “véio”, por ser um dos seus funcionários mais antigos. Ângulo, contudo, teria um apelido diferente para o chefe: ele chamada Youssef de BBB por ter quase brigado com os envolvidos pela distribuição da propina. Já os políticos, segundo a Folha, foram batizados de “bandidos” e registrado nas planilhas de pagamento como “band”. “Band JP”, aponta a matéria, seria o ex-deputado João Pizolatti (PP-SC), enquanto “Band MN” indicaria o ex-ministro Mario Negromonte. Inocentado por falta de provas, o irmão Adarico Negromonte seria tratado como “olheiro”. Os codinomes também seriam usados em correspondências dos executivos das empreiteiras investigadas. O ex-presidente Lula seria “Brahma” para diretores da OAS. Angelina Jolie seria a doleira Nelma Kodama. Já o ex-deputado Luiz Argôlo teria conseguido, por sua proximidade com Youssef, um tratamento “carinhoso”, sendo chamado de “bebê Johnson”.
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