sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Preso da Lava Jato usava e-mail ‘Nossa Senhora Aparecida’ para combinar propina

Preso da Lava Jato usava e-mail ‘Nossa Senhora Aparecida’ para combinar propina
Foto: Divulgação
O ex-assessor parlamentar Ivan Vernon, que trabalhou no gabinete do ex-deputado Pedro Corrêa (PP/PE), afirmou em depoimento à Justiça Federal nesta quarta-feira, 26, que após a cassação do ex-parlamentar no Mensalão, em março de 2006, ele passou a usar um e-mail em nome de Nossa Senhora Aparecida Consultoria. Segundo o Ministério Público Federal, a conta era usada para combinar pagamento de propina com o doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato. Vernon foi interrogado em ação que responde por lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato. Ivan Vernon foi questionado pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, sobre contas de e-mails usadas por Pedro Corrêa. "nsa.c@uol.com.br", citou o juiz. "nossasenhoraaparecida.consultoria@uol.com é o e-mail do ex-deputado Pedro Corrêa. Antes, a conta era dep.pedrocorrea@uol.com. Depois da cassação se transformou nesse endereço eletrônico", explicou Vernon. Pedro Corrêa está preso desde 10 de abril, quando foi deflagrada a Operação A Origem, desdobramento da Lava Jato. Na denúncia da Procuradoria, a força-tarefa da operação afirma que Pedro Corrêa mandou um e-mail da conta nsa.c@uol.com.br, em 22 de dezembro de 2010, para Alberto Youssef para "tratar do fornecimento de informações de contas bancárias e valores para depósitos das vantagens indevidas oriundas da diretoria de Abastecimento da Petrobras". "No referido e-mail cujo assunto era 'número das contas', o denunciado Pedro Corrêa repassa informações de agências bancárias, números de contas, bem como os nomes de quatro pessoas físicas associadas a valores que chegam a R$ 100 mil para que Alberto Youssef efetuasse o repasse da vantagem indevida. Entre as pessoas interpostas utilizadas para o recebimento da propina encontra-se a denunciada Márcia Danzi", diz a denúncia do Ministério Público Federal. A denúncia do Ministério Público Federal apurou que Pedro Corrêa "recebeu para si, direta e indiretamente, a quantia aproximada de R$ 35,4 milhões correspondente a 118 repasses de R$ 300 mil mensais, no período de 14 de maio de 2004 a 17 de março de 2014, pulverizados e estruturados em valores menores, acrescida de uma quantia de R$ 5,3 milhões paga no primeiro semestre de 2010, o que totaliza a soma de R$ 40,7 milhões de vantagem indevida".

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