Foto: Estela Marques/ Bahia Notícias
O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, criticou a postura dos vereadores do Democratas em Salvador, que se mobilizam para que o governador Rui Costa (PT) solicite que a Força Nacional atue na capital baiana por causa da violência. Na opinião de Barbosa, os vereadores deveriam cobrar outras iniciativas de auxílio à segurança pública, como melhorias na iluminação pública e no acesso à educação básica, “para fazer com que essas pessoas tenham outras oportunidades que não seja o mundo do crime”. “E que a gente consiga, de fato, criar um fórum. Que não seja um fórum meramente eleitoreiro para discutir um assunto tão importante para a sociedade, que é a segurança pública. Se alguém se prontificar a criar mecanismos que auxiliem a sociedade e de forma a somar forças, estou apto a fazer isso”, acrescentou Barbosa. O delegado-geral da Polícia Civil, Bernardino Brito, segue a mesma linha de pensamento do secretário e sugere que o Poder Legislativo atue no que diz respeito à “inovação” da legislação, “para que criminosos não saiam tão rápido do seu encarceramento e que suas penas funcionem perfeitamente”. Brito disse ainda que o governo do Estado está preocupado com a situação do efetivo policial. “Tanto que já temos curso de formação para delegado de polícia, escrivães e investigadores”, exemplificou. Na opinião do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Brandão, o pedido dos vereadores democratas é “uma situação inoportuna” que “não faz sentido”. “Salvador não vive numa situação de anormalidade, que leva o Estado a convocar a Força Nacional, pelo contrário. Temos ação efetiva, estamos trabalhando intensamente”, afirmou o policial. Segundo ele, a Força Nacional deve ser convocada em caso de “perturbação da ordem extrema, quando existe total falta de controle”. Na avaliação do comandante da PM, este não é o caso da capital baiana.
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