Estudantes e professores da rede estadual contratados em regime de Prestação de Serviço Temporário (PST) realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (2), em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE), antiga Direc. Eles querem uma resposta sobre quando serão pagos os salários atrasados dos educadores, que estão há seis meses sem receber. Por causa do protesto as aulas em algumas escolas foram suspensas, e os estudantes saíram em passeata junto com os professores por algumas ruas, em direção ao órgão.
De acordo com o professor Paulo Henrique, que ensina no Colégio João Batista Carneiro, no KM 7 dos distrito de Ipuaçu, existem no total, em Feira e região, 190 professores trabalhando em regime temporário, além de funcionários administrativos e os que ocupam outras funções.
“A gente quando foi contratado, nos informaram que iríamos receber 873 reais, e agora eles estão dizendo que vão pagar a hora/aula, que está custando R$ 9,70. Mas o governo do estado paga 18 reais para um monitor do Universidade Para Todos, que não tem nível superior”, reclamou.
A professora Francine Boaventura informou que desde a última segunda-feira, a categoria está paralisada e pede uma resposta da direção do NRE sobre quando será feito o pagamento dos salários.
“O nosso objetivo é pedir uma resposta da secretaria de educação em relação a seis meses que estamos trabalhando em sala de aula, cumprindo com os nossos deveres, com cadernetas atualizadas e não estamos recebendo. Então queremos uma resposta em um documento, porque já tivemos várias informações de datas nas quais seriam liberados os pagamentos, eu particularmente já fui ao banco várias vezes e quando chego lá não tem o saldo”, afirmou a professora.
Ainda conforme Francine Boaventura, durante todo o período em que esteve trabalhando teve que arcar com as próprias despesas. “Eu vou sair da escola em outubro, pois a professora efetiva está voltando, e será que eu vou sair sem ter recebido nada? A gente pega transporte, eu almoço na rua porque fico o dia todo na escola, e aí?”, questionou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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