O Partido Liberal deve ter seu registro julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima terça-feira (29). Na expectativa de aprovação, assim como a Rede Sustentabilidade, estão os caciques do PSD que aguardam para a criação da sigla liberal que irá fundir com os sociais democratas. Em conversa com o Bocão News, nesta sexta-feira (25), o senador Otto Alencar (PSD) confirmou a fusão das legendas e apontou os próximos passos.
Com a fusão das legendas, o PL não poderá disputar o pleito no ano que vem. Por isso, os políticos que adentrarem ao partido disputarão as eleições pelo PSD. “Ainda não sabemos o número exato de deputados, prefeitos, vereadores que entrarão no partido, mas todos já sabem que o 55 [número da legenda] vai prevalecer”, explica o senador.
A desidratação de outros partidos da oposição, e do PMDB, com o tamanho do novo PSD, foi amenizada pelo senador. Mesmo não confirmando número de deputados, Otto apontou que a bancada governista ganhará um “bom reforço”. “Pode ser a maior bancada na Câmara”, completa.
O PL chegou a ser apontado como “massa de manobra” do governo para aportar os políticos insatisfeitos que poderiam migrar para outra legenda sem ter o mandato questionado pelas legendas originais. Sobre isso, o senador não negou prontamente. Segundo ele, “partidos políticos não podem ser camisa de força para ninguém” e garantiu que caso ocorram saídas depois da fusão, não dificultará a desfiliação. “Não sou contra a essa questão. O que não aceito é o partido cartorial, que não tem vereador, prefeito, e ainda vendem o partido. Poderia ter essa cláusula de barreira. Se quiser sair, eu darei a carta de desfiliação. Simples”, afirma.
Nilo no PSD
Quem aguarda ansiosamente pela definição do PL é o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT). Como o comando da legenda no estado foi abortado, Nilo se articula para outras opções. Segundo Otto Alencar, o presidente da Alba não tem conversado com ele sobre filiação ao PSD. “Se ele quiser vir para o PSD como deputado, aceitaremos”, limitou-se.
Contudo, a preocupação do ainda pedetista são suas bases no interior do estado. A maioria dos quase 100 políticos que o apoiam fazem oposição ao PSD. Com isso, o presidente da Alba entra num conflito para qual legenda irá aportar seus aliados em sua totalidade e ainda deter o comando de alguma. Ao que tudo indica, não será no PSD. Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, Nilo disse que aguarda até quarta-feira que vem para decidir seu rumo partidário. Segundo ele, há oito opções “fortes”, mas preferiu não comentar quais seriam.
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