sábado, 31 de outubro de 2015

Audiência com Ministério da Saúde define futuro das Farmácias Populares na Bahia

 
A vida útil das Farmácias Populares em Salvador dependerá de uma audiência com o Ministério da Saúde. Em entrevista ao Bocão News, na noite desta sexta-feira (30), Ronaldo Dias, presidente da Bahiafarma, empresa que administra os estabelecimentos, informou que a Farmácia Popular é um programa do governo federal e há uma manifestação do Ministério da Saúde em reformular o programa, porém não se sabe detalhes dessa reforma. “Tem muitos pontos na questão. Mudança da lei para fazer a manutenção da farmácia, nota fiscal, entre outros. O Ministério tem reformulado o programa e solicitamos uma audiência com o departamento farmacêutico do Ministério da Saúde dia 9 de novembro para que sejam esclarecidas essas mudanças”, disse. 
 
O Bocão News recebeu uma crítica do presidente do Conselho Municipal de Saúde de Salvador, Marcos Antônio, sobre o fechamento das Farmácias Populares.  “Estamos presenciando o fechamento de diversas farmácias, localizadas na Ribeira, Itinga, Barros Reis, Caixa D’Água, Canabrava, Alto de Coutos, Narandiba. E também, nos interiores, como Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana e Itapetinga. Repudiamos essa atitude e enviaremos novamente à solicitação ao governador, para que ele interceda junto a Sesab e a Bahiafarma, no objetivo de reverter a situação”, afirmou. 
 
Conforme Marcos Antônio, o destino dessas unidades não ficou claro para o Conselho quando houve a reforma administrativa de Rui Costa, e muitass delas já estão fechadas há seis meses. As farmácias era administradas pela Empresa Baiana de Alimentos (ebal), extinta com a reforma. Ele disse também que o governador prometeu não extinguir esses estabelecimentos. “Eles fecham, alegam que é para reparos e já tem seis meses, e funcionários sendo demitidos”, denunciou o presidente do Conselho. 
 
O diretor da Bahiafarma nega. Segundo Dias, não houve nenhuma orientação para fechar as farmácias. “Nós temos feito adequações nas farmácias, pois todo estabelecimento de saúde precisa se adequar às leis vigentes, mas não há nenhuma orientação para encerramento das atividades. Até a sinalização formal do Ministério de Saúde tudo fica como está”, garantiu. Ele disse ainda que “as unidades de São Caetano, Barra e UFBA, por exemplo, estão funcionando normalmente”. 
 
Marcos Antônio rebate. “A Bahiafarma não tem interesse em manter as farmácias abertas. Querem expandir para produção de medicamentos e se não houver a sensibilidade do governador, todas serão fechadas”, pontuou, argumentando que a situação prejudica principalmente quem tem doenças crônicas e insuficiência respiratória.

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