Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou no final da tarde desta quarta-feira (2) que dará abertura ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A informação foi antecipada há alguns minutos pelo Bahia Notícias, que obteve informações sobre as movimentações do presidente da Câmara. Em entrevista coletiva, Cunha afirmou que acolheu a argumentação do tributarista e fundador do PT, Hélio Bicudo, por considerar o parecer técnico e com argumentação referente ao ano de 2015 - os outros seis pedidos se referiam ao mandato anterior da presidente Dilma. O anúncio vem após o PT orientar os deputados membros do Conselho de Ética da Câmara ao voto favorável à admissibilidade do processo que corre na Casa contra Cunha. Apesar disso, o peemedebista destacou que "não faz por motivação política". "Sei que isso é um gesto delicado, o país atravessa um momento difícil, o governo passa por muitas crises - de natureza política, de natureza econômica. Mas, ao mesmo tempo, é uma forma de, com essa decisão, esse processo ser enfrentado. E se for aceito, vai ter o Congresso soberano para legislar. Se não for aceito, acabará esse tipo de discussão no país e poderá voltar à normalidade", disse Cunha em coletiva. O presidente da Câmara disse que não avisou ao Palácio do Planalto sobre a decisão e destacou que não havia condição de postergar o parecer. "Não ficaria com isso na gaveta sem decidir, porque esse pedido entrou em 14 de outubro, e de 14 de outubro para 30 de novembro foram 45 dias. Passou do limite razoável de proferir a decisão", acrescentou. Uma comissão especial será montada nesta quinta-feira (3) para analisar o pedido completo.
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