Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O presidente da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha, disse nesta quinta-feira (4) que o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika pode levar cinco anos, prazo menor que a média para a descoberta de outros imunizantes. Segundo Gadelha, a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de declarar emergência internacional por causa da microcefalia associada ao vírus Zika pode agilizar as pesquisas para o desenvolvimento da vacina. “A OMS agiu corretamente ao tomar a decisão. É uma iniciativa que pode levar à descoberta da vacina de maneira muito mais rápida, pois a declaração vai facilitar a busca de parcerias em todo o mundo, reunindo esforços de entidades de pesquisas de todo o mundo”, disse Gadelha em entrevista. Segundo a Agência Brasil, ele destacou o fato de que hoje já é possível encurtar prazos para desenvolvimento de vacinas a partir de experiências anteriores, “porque, em geral, uma vacina leva cerca de 10 anos ou mais anos para ser desenvolvida”. “Mas hoje temos experiência de algumas vacinas e os institutos chegaram a avanços significativos ou a alguns resultados importantes, como no caso da vacina da dengue. Vamos utilizar o mesmo caminho”, acrescentou. “De qualquer maneira, para chegarmos a uma vacina, para ser mais realista – porque teremos que realizar testes clínicos na população – deveremos levar em torno de cinco anos até a sua descoberta”.
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