Foto: Fábio Rodrigues / Agência Brasil
A dois dias da convenção nacional do PMDB, marcada para o próximo sábado (12), em Brasília, parlamentares tentaram minimizar rumores sobre uma aproximação do partido com o PSDB. Um jantar na noite desta quarta-feira (9) reuniu, na capital, senadores das duas legendas e incitou boatos de uma aliança que poderia enfraquecer a base aliada no Congresso. “Não vejo nada demais em um jantar. Legislativamente, estamos sempre convivendo. Não foi um gesto partidário. Foi um gesto de bancada [do Senado]”, afirmou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha foi o precursor da divisão dentro do partido quando anunciou, no fim do primeiro semestre de 2015, o rompimento pessoal com o Palácio do Planalto. Segundo a Agência Brasil, o impasse dentro do PMDB cresceu ainda mais após acusações, por parte da ala insatisfeita, de que o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), estava priorizando as recomendações vindas do Palácio em detrimento da posição da maioria da bancada. Apesar do tom cauteloso, Cunha disse que é momento de o PMDB se definir. Ele defendeu que, se não houver acordo, que os correligionários tenham direito a escolher, por voto, os rumos que o partido deve tomar. “Na minha opinião tem de votar. Estamos num momento em que o PMDB tem de discutir na convenção sua manutenção ou não no governo, que tipo de relação quer ter.. Não dá para virar as costas como se não estivesse acontecendo nada. O PMDB está dividido. Uma parte não quer ficar no governo, a outra quer se manter no governo. Tem de discutir o assunto. Não podemos fazer uma convenção e fingir que o problema não existe”, acrescentou.
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