Dando continuidade ao trabalho de fiscalização que já vem sendo realizado no Centro de Abastecimento e em outras feiras livres de Feira de Santana, o Ministério Público realizou na manhã deste sábado (9), com apoio da Polícia Militar e da Vigilância Sanitária, um trabalho de inspeção no setor de carnes do Centro de Abastecimento.
De acordo com o promotor Sávio Damasceno, a ideia foi, além de verificar as melhorias feitas pelo município, observar se os comerciantes se adequaram à legislação, que determina o uso de balcões refrigerados para o armazenamento da carne.
“Mesmo com as melhorias feitas cabe aos comerciantes se adequarem às novas legislações e usar a estrutura disponível. A atividade foi no sentido de valorizar o comerciante regular e verificar os irregulares para se adequem”, afirmou.
Segundo o promotor, foram encontradas algumas irregularidades e 20 convites foram expedidos para que os comerciantes compareçam no dia 19 de agosto ao Ministério Público para um termo de ajustamento de conduta, para que eles se adequem às normas.
“Caso descumpram as normas novamente, será imposta uma multa. Se depois houver nova reincidência, o comerciante vai perder o direito de exploração do boxe no Centro de Abastecimento, dando esse direito para outra pessoa”, informou.
Erivaldo Nogueira, que é veterinário, destacou que o trabalho da Vigilância Epidemiológica é preventivo e também educativo. Ele afirmou que na fiscalização de hoje não foram encontradas irregularidades com relação a carne clandestina, mas que foram identificados problemas com relação a higiene e conservação.
“A gente vem ao longo dos anos tentando, com dificuldades, fazer com que melhore a qualidade da carne no nosso município. Já conseguimos muito no que diz respeito a carne clandestina. Hoje encontramos alguns problemas com relação a conservação e higienização. Conversamos com os comerciantes, observamos as dificuldades e ouvimos as solicitações deles para saber no que a gente pode ajudar”, afirmou.
Segundo ele, os problemas de higienização foram encontrados tanto na parte da estrutura física, como também das pessoas que estão trabalhando. Erivaldo informou que 30 açougueiros vão participar de uma reunião com a Vigilância Sanitária, para ajustar questões como fardamento e itens de higiene pessoal, como o uso de luvas.
“Encontramos lugares sem azulejo. Outra coisa que a gente ainda vê é a mesma pessoa que manuseia a carne pegando em dinheiro. Vamos ter que trabalhar muito para melhorar isso. Quanto à carne que encontramos em cima de balcões, os comerciantes informaram que tiraram naquele momento, mas isso é incorreto, devido a possíveis contaminações”, disse.
FONTE: Acorda Cidade
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