A ministra Cármen Lúcia tomou posse nessa segunda-feira (12) como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela é a segunda mulher a comandar o STF em 125 anos. Cármen Lúcia substitui Ricardo Lewandowski. O ministro Dias Toffoli é o novo vice-presidente.
Em seu discurso de posse, a ministra quebrou o protocolo e iniciou sua fala se dirigindo ao cidadão brasileiro, "autoridade suprema sobre todos nós, servidores públicos".
A presidente do Supremo afirmou que a função que exerce agora é "tão grata como difícil". Segundo ela, assim como o cidadão brasileiro, o juiz também não está satisfeito com o Poder Judiciário. "É necessário reformá-lo, com o esforço de toda comunidade jurídica", afirma.
Além do STF, Carmén Lúcia também presidirá o órgão que vigia as ações contra magistrados, o Conselho Nacional de Justiça, pelos próximos dois anos. Ela já revelou ser contra o pagamento de auxílio-moradia para juízes. Como ministra, votou favorável a autorização do aborto em caso de fetos anencéfalos, das pesquisas com células tronco, da união estável entre homossexuais e da adoção de crianças por homossexuais, entre outros casos.
Agora como presidente do Supremo, enfrentará a missão de lidar com o desdobramento jurídico do impeachment e da Lava-jato.
Posse reúne políticos
Presidente que indicou Cármen Lúcia ao STF, Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente no evento. É a primeira vez que Lula participa de uma posse do Supremo após deixar a presidência. Além dela, ele ainda foi responsável pela nomeação de sete dos atuais ministros do STF.
Além dele, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o corregedor nacional de Justiça, João Otávio de Noronha, participaram da posse.
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