sábado, 10 de setembro de 2016

Número de PMs em Feira é “infinitamente inferior” ao necessário, avalia Ronaldo

Número de PMs em Feira é “infinitamente inferior” ao necessário, avalia Ronaldo

 “Nós temos em Feira de Santana um número de policiais infinitamente inferior ao que precisa a cidade. É muito pequeno o número”. A avaliação é do prefeito José Ronaldo, quando perguntado em entrevista no Jornal da Manhã, que apresento na rádio Jovem Pan, sobre a questão da violência no município e se a prefeitura poderia desempenhar algum papel para combater este mal. Afinal, a cidade tem média próxima a uma morte por dia e já teve ano com mais de 400 pessoas assassinadas.
Ronaldo calculou que uma companhia independente da PM tem pouco mais de 300 homens (são quatro companhias em Feira) e que, contabilizando férias, atestados médicos e licenças, poderia ter 280 policiais atuando. “Trabalham 12 horas e folgam 36. O número de policiais na rua é muito pequeno. Quando o governo do estado coloca uma propaganda dizendo que nomeou 2 mil homens, é para suprir os 2 mil que foram aposentados. Sempre fica um número insuficiente para dar segurança à população”, opinou. Para Ronaldo, não há muito o que fazer neste setor por parte do prefeito. “O que a gente pode fazer é cobrar, do governo do estado, as ações das quais são responsáveis para segurança pública”.
ARRUMAÇÃO DO CENTRO
No programa o prefeito afirmou que “com certeza” o shopping popular, que pretende erguer na área do Centro de Abastecimento comporta os camelôs todos que estão espalhados pela região central e é suficiente para resolver o problema da ordenação das ruas. 
“Esse projeto não está 100% pronto devido a dificuldades que alguns políticos colocaram e continuam colocando quando da sondagem do solo para conclusão do projeto de engenharia e arquitetura, para poder ser realizada a construção desse belíssimo prédio que com certeza vai embelezar e melhorar todo o Centro de Abastecimento”, previu.
O prefeito contesta os que criticam a cessão da área do setor de artesanato para a obra e garante que a maioria aceita a mudança. “Ninguém quer jogar o artesanato às traças. Temos espaço a 150 metros. Uma minoria não concorda [com a mudança] porque usam grandes espaços do poder público para armazenar mercadoria para vender pelo estado afora ou mesmo outros estados. A única diferença é que vai ter espaço para vender, e não para armazenar grande quantidade de mercadorias”, avisou.
Ronaldo disse ainda que acredita plenamente na viabilidade da mudança para os ambulantes, que o prédio será suficiente para todos e que os negócios serão bem sucedidos, porque o ponto é bom, no centro da cidade. Ele rebate os que dizem que o assunto não foi suficientemente debatido e cita “assembleias acaloradas” com ampla discussão e participação de mais de 700 pessoas. 
Segundo ele, os camelôs mesmo na rua têm gastos e estes se aproximam do que será cobrado pelo aluguel no shopping popular. “Na rua pagam segurança, energia, muita coisa. Só não pagam ao poder público”, alegou Ronaldo.
EDUCAÇÃO
Nesta área, Ronaldo disse que “investiu muito e construiu lindas e belíssimas escolas”, além de renovar os equipamentos, nomear todos os professores concursados, e superar o volume de gastos obrigatório por lei na área de Educação (este ano, ele estimou que gastará 29%, quando o mínimo é 25%). E concluiu parecendo não saber o que mais poderia ser feito para resolver a questão da qualidade. “O que falta para que isso melhore? Aí acho que deve ser feita uma entrevista sua com a secretária de educação e quem sabe nos ajudar a promover um debate, entre professores, secretaria de educação e todas as pessoas que vivem isso 24 horas por dia, que se alimentam disso, fazem com carinho e com amor, para que a gente busque uma fórmula, uma maneira, de melhorar cada vez mais”, comentou, dizendo que tem cobrado para que se chegue a “uma educação de ponta”.
No mesmo dia em que Ronaldo deu entrevista, o Inep divulgou depois as notas mais recentes da avaliação da educação em todo o país. Osnúmeros revelaram melhoria da rede municipal de Feira, entretanto ainda sem alcançar a meta proposta pelo Ministério da Educação.

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