Você sabe como é produzido o sisal que usamos para chumbar o forro de gesso? Conheça um pouco dessa matéria prima tão usada pelos gesseiros e que tem uma variedade de outras aplicações.
A chegada do sisal na Brasil:
Em 1910, a Fazenda Bebedouro importou para o município de Santaluz as primeiras mudas da planta. A partir daí, ela foi se espalhando por toda a região. Os municípios de Santa Luz, Araci, Conceição do Coité e São Domingos, Valente (conhecida como a capital do Sisal) foram os que mais se destacaram no cultivo do sisal e se tornaram referência nessa área. Hoje em dia Conceição do Coité é o maior produtor de Sisal. Da família das cactáceas e com o nome científico Agave sisalana, o sisal é cultivado em regiões semiáridas, por ser resistente à aridez e ao sol intenso. Atualmente o Brasil é o maior produtor de sisal do mundo e a Bahia é responsável por 80% da produção da fibra nacional. Teve seu apogeu econômico durante a Crise do Petróleo nas décadas de 60 e 70. O sisal também é ecologicamente correto, enquanto a fibra sintética demora até 150 anos para se decompor no solo a fibra do sisal em poucos meses torna-se um fertilizante natural. Depois da Bahia, destacam-se no cultivo da planta os Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Na lista dos países que mais produzem o sisal também estão os da África Oriental, entre eles, Tanzânia, Quênia e Uganda. Além de maior produtor mundial, o Brasil é o maior exportador da fibra. Estima-se que mais de 80% da produção nacional é exportada para mais de 50 países, sendo os principais importadores os Estados Unidos, China, México e Portugal.
Sisal e suas aplicações:
A fibra do sisal, que é extraída do beneficiamento das folhas, além de muito usado pelos gesseiros na colagem das placas de gesso, é utilizada também para fazer cordas de várias utilidades, produção de estofados, pasta para indústria de celulose, produção de tequila, tapetes decorativos, remédios, biofertilizantes, ração animal, adubo orgânico e sacarias. As fibras podem ser utilizadas também na indústria automobilística, substituindo a fibra de vidro.
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