Os boatos vindos do Rio de Janeiro de que o Bahia teria utilizado atleta irregular na Série B foram prontamente negados por Guto Ferreira. O técnico, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (7), garantiu que está tranquilo quanto ao assunto.
"Não sei de onde o Wesley Natã está irregular. Toda hora surge um nome diferente. Esse jogo de bastidor não ocorre só nos bastidores, ocorre de uma série de maneiras diferentes. Mas essa parte oculta do futebol não cabe a mim, cabe lá dentro do campo. Dentro do campo, a gente vem procurando fazer o melhor serviço possível, o melhor trabalho possível. Graças ao desempenho desses meninos aí, que, a cada dia, procuram fazer o melhor", disse.
No G-4, o treinador começou a fazer cálculos e já projetou o acesso à Série A. "Mais do que nunca, temos quatro partidas para sacramentar essa campanha de segundo turno. Se a gente conseguir sacramentar essa campanha do segundo turno, a gente vai conseguir atingir o que a gente busca, que é o acesso. São quatro jogos, onde alguns têm, teoricamente, jogos mais difíceis; outros têm, teoricamente, jogos mais fáceis. Teoria não entra em campo. O que manda é 90 minutos. E, cada 90 minutos, é uma guerra. E, a cada guerra, nós temos que sair vencedores. Eu calculo jogo a jogo, mas calculo que, com 66 pontos, obrigatoriamente, o Bahia subiria. Com 65, calculo que ainda exista possibilidades de algum tipo de coisa. Para a gente entrar 100% hoje, são três vitórias e um empate. Três vitórias pode acontecer, dependendo das rodadas, dessa e da próxima. CRB ainda está correndo, pode chegar a 64 pontos. E o Luverdense pode chegar a 62. Tem uma chance pequena, mas, para ele chegar a 62, tem que brecar o Vasco. Tem uma série de situações correndo ali, que agora é o campeonato da matemática. Hoje, na nossa cabeça, são três vitórias e um empate. É assim que a gente trabalha. Se a gente fizer, nesses quatro últimos jogos, um repertório de resultados semelhantes aos últimos cinco, fatalmente estaremos na Série A".
O comandante ainda garantiu foco total dos jogadores e destacou o comprometimento do grupo na reta final da competição. "Se os caras não estiverem focados agora, vão estar quando? Mais do que nunca, agora é a hora do “vamos ver”... Podemos usar várias gírias, é a hora “de a onça beber água”... Não costumo usar o “tudo ou nada”, então é a hora do “tudo ou tudo”. É a hora que o jogador gosta. Tem que estar à disposição. Se nós batalhamos tanto até agora pelo momento do nós para que o “nós” nos conduzisse até esse momento, não é agora que eu vou permitir ou que o grupo vai permitir o “eu” imperar sobre o trabalho. Então todo mundo tem que se preparar da melhor maneira possível e estar disponível para, dentro da administração do grupo, o que a gente precisar os jogadores fazerem o melhor. Você vê que o Luiz Antônio saiu da equipe, entrou no decorrer da partida e acabou sendo deslocado, em determinado momento, para a lateral. Isso aí é espírito de grupo. Se o cara não estivesse junto, focado, tivesse qualquer tipo de situação adversa em relação à escolha que eu fiz para a aquela partida, ele não teria se dedicado, não teria se entregado, se não tivesse profissionalismo, se não estivesse comprometido com o grupo. E, assim como ele, outros tantos. Para cada jogo, a gente pode precisar de um guerreiro diferente. E, mais importante, o espírito que impera no nosso trabalho, é bastante demonstrado a cada gol que o Bahia faz nas comemorações, quase sempre são em grupo. Eles têm o prazer de comemorar juntos. Quem está fora entra, e quem está fora faz questão de vir para que a equipe toda possa comemorar junto. Essa energia é muito importante".
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