A Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu denúncia contra o deputado José Guimarães (PT-CE), líder da minoria na Câmara, e contra o ex-vereador do PT e lobista Alexandre Romano por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O procurador-geral Rodrigo Janot pediu a condenação de ambos e a reparação aos cofres públicos de valores desviados pela prática de corrupção, no valor mínimo de R$ 1 milhão.
A denúncia da PGR foi feita no último dia 5, em um inquérito que está no STF (Supremo Tribunal Federal). A investigação teve início após a delação premiada de Romano, que atualmente cumpre prisão domiciliar por causa da Lava Jato. O ministro relator do caso, Luiz Edson Fachin, retirou o sigilo do caso nesta terça (20).
De acordo com a Procuradoria, José Guimarães recebeu propina de R$ 97,7 mil por ter intermediado o contato do ex-vereador e da Engevix com o BNB (Banco do Nordeste do Brasil). Ele também teria atuado para garantir que um contrato de R$ 260 milhões da empreiteira fosse fechado com o banco para a construção de usinas eólicas na Bahia.
Janot pediu também a perda do mandato de José Guimarães.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa nesta terça, Guimarães afirmou "jamais" ter atuado junto ao Bando do Nordeste em favor da Engevix.
"Tenho a consciência tranquila de que nunca me beneficiei de recurso público, razão pela qual manifesto meu repúdio a todas as acusações", disse o deputado em nota.
"Essa acusação, oriunda de um personagem sem credibilidade, encaro com grande revolta, mas também como oportunidade de provar minha inocência".
DENÚNCIA
Segundo Janot, Romano recebeu em agosto de 2011 o montante de R$ 1 milhão a título de comissão, "de forma disfarçada", por ter ajudado na liberação dos valores do BNB para a construtora.
O ex-vereador fez contratos fictícios de prestação de serviços de advocacia a empresas vinculadas ao grupo Engevix.
Segundo a PGR, José Guimarães recebeu a propina por meio de dois cheques, compensados em duas datas de setembro de 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário