Em depoimento nessa quarta-feira (15) ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal no Rio de Janeiro, no âmbito da Operação Saqueadores, os ex-executivos da Andrade Gutierrez Rogério Nora de Sá e Clóvis Renato Primo reafirmaram que a construtora pagou propina para participar das obras de reforma do Estádio do Maracanã, em manobra chamada de “contribuição de governo”.
A Operação Saqueadores investiga esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro no valor de R$ 370 milhões. Os principais acusados são o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, e o contraventor Carlos Augusto Ramos, oCarlinhos Cachoeira. Além deles, foram denunciadas 21 pessoas, entre executivos, diretores, tesoureira e conselheiros da empreiteira e proprietários e contadores de empresas fantasmas, criadas pelo contraventor e pelos empresários Adir Assad e Marcelo Abbud.
Os dois ex-executivos já haviam prestado declarações à Justiça como testemunhas no processo e firmaram acordo de colaboração. Nora de Sá informou que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral recebia pagamentos mensais de R$ 300 mil em propinas para garantir contratos da Andrade Gutierrez nas obras do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo.
Nora de Sá e Primo não estão entre os denunciados nesse processo, mas foram indiciados nas investigações da Operação Lava Jato e já haviam prestado declarações à Justiça, firmando acordo de colaboração. Nora de Sá, ex-presidente do grupo, informou que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral recebia pagamentos mensais de R$ 300 mil em propinas para garantir contratos da Andrade Gutierrez nas obras do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo.
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