A Petrobras reduziu em 5,4% o preço médio da gasolina nas refinarias e
em 3,5%, o do diesel. Segundo a companhia, a decisão é resultado da
avaliação feita pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP),
acompanhando a política de preços anunciada em outubro do ano passado.
A estatal destacou que, como a legislação brasileira garante liberdade
de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas
para as refinarias podem, ou não, se refletir no preço final ao
consumidor. “Isso depende de repasses feitos por outros integrantes da
cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos
revendedores.”
Pelos cálculos da Petrobras, caso o ajuste seja repassado integralmente
e não haja alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao
consumidor final, o custo do diesel para o consumidor final pode cair
2,2%, ou cerca de R$ 0,07 por litro, em média; e o da gasolina, 2,4%, ou
R$ 0,09 por litro, em média.
Conforme a empresa, o aumento significativo nas importações no último
mês, contribuiu, predominantemente, para a redução, porque obrigou
ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno. A empresa
acrescentou que a política seguida tem como princípio a sua participação
de mercado, que é também um dos componentes de análise considerado pelo
GEMP.
A Petrobras informou que a importação de gasolina por terceiros para o
mercado interno passou de 240 mil metros cúbicos (m3), em fevereiro,
para 419 mil, em abril, e a previsão é que se mantenha em torno deste
nível em maio. Já com relação ao diesel, a importação subiu de 564 mil
m3, em fevereiro, para 811 mil, em abril. A expectativa é superar 1
milhão de metros cúbicos em maio. “Com isso, as refinarias da Petrobras
podem chegar a um fator de utilização abaixo do último dado divulgado
pela companhia em seus resultados trimestrais, que foi de 77%”,
acrescentou a estatal.
O GEMP avaliou ainda os fatores relacionados ao preço dos derivados no
mercado internacional e a oscilação da moeda nacional. A conclusão foi
que os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à
paridade internacional. Assim, de acordo com a companhia, permanece o
alinhamento à política anunciada e aos objetivos do plano de negócios
2017/2021.
Outra avaliação feita foi com relação à política de preços com
correções, pelo menos, mensais. Conforme o comitê executivo, embora seja
um avanço significativo em relação ao sistema anterior, essa política
não tem refletido “tempestivamente as volatilidades de preços
internacionais de derivados e câmbio entre as datas dos reajustes, fato
agravado pelo acréscimo recente na volatilidade da taxa de câmbio”.
Segundo a Petrobras, essa constatação tem sido, crescentemente, parte
das discussões do GEMP e pode fundamentar ajustes de preços mais
frequentes.
FONTE: Agência Brasil
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