segunda-feira, 26 de junho de 2017

Estaleiro na Bahia rendeu propina de R$ 252 milhões a esquema

O esquema montado pelos investigados na Lava Jato sobre os contratos do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, na Bahia, levou cerca de R$ 252 millhões em propinas. De acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF), os beneficiários no esquema foram o Partido dos Trabalhadores (PT), por meio do ex-tesoureiro João Vaccari; o diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque; Pedro José Barusco Filho; Eduardo Costa Vaz Musa; e João Carlos de Medeiros Ferraz.

A informação consta na sentença do juiz federal Sérgio Moro, que condenou o ex-ministro Antônio Palocci nesta segunda-feira (26) a 12 anos e dois meses de prisão.
Segundo o MPF, teria havido acerto de pagamento de propinas pelo grupo Odebrecht em contratos celebrados com a empresa Sete Brasil para fornecimento de sondas para utilização pela Petrobras na exploração do petróleo na camada de pré-sal. Em sua delação premiada, o ex-diretor Pedro Barusco revelou que o esquema criminoso da Petrobras se reproduziu na empresa Sete Brasil, para a qual foi indicado como diretor de operações com a finalidade de conduzir o projeto de construção de sondas de perfuração de águas profundas para exploração do petróleo na área do pré-sal.
"A Sete Brasil ganhou a licitação e negociou vinte e um contratos de afretamento dessas sondas com vários estaleiros, sendo seis sondas negociadas com o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, do qual fazia parte o grupo Odebrecht, pelo valor de R$ 28.065.162.950,77. [...] A propina foi fixada em 0,9% sobre o valor dos contratos", diz um trecho da sentença de Moro.

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