Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
As passagens aéreas ficaram 21,26% mais caras no acumulado em 12 meses até junho. Em contrapartida, a inflação do período ficou em 3,52%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e sinalizam que, apesar da cobrança pela mala despachada - em vigor desde abril -, os preços das passagem não foram reduzidos, conforme promessa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear). De acordo com o Diário de Pernambuco, os dados da Anac sobre aumento no valor dos bilhetes traz resultado diferente. Em relatório de 2016, o valor nominal médio das passagens cresceu 6,8% em relação ao ano anterior. Podem explicar os elevados preços a diminuição de oferta de voos nos últimos anos e a redução de promoções ao ano. Entre janeiro e maio a oferta caiu 2,9% e a demanda cresceu 2,2%. De acordo com o ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Ruy Coutinho, as companhias aéreas deverão aproveitar a taxa extra de bagagem para recuperar os prejuízos de R$ 1,5 bilhão que tiveram em 2016. "As empresas não vão reduzir os preços coisíssima nenhuma. Elas estão colocando essa cobrança como adicional de rentabilidade porque estão todas mal das pernas e vão buscar fazer caixa", alertou.
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