O ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, minimizou nesta segunda-feira (7) a crise interna que se instalou entre o PSDB e o governo após a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara. O tucano chegou a se licenciar do cargo para votar a favor do chefe e articular nos bastidores, mas sua ajuda não foi suficiente para convencer 21 correligionários, que votaram a favor da denúncia da Procuradoria-Geral da República. Imbassahy participou na noite desta segunda da cerimônia de entrega do título de cidadão soteropolitano ao prefeito de São Paulo João Dória (PSDB) e, ao Bahia Notícias, deu a entender que o Planalto não deve ceder à pressão de aliados de retirar ministérios da sigla, ao menos por enquanto. “Ele está muito feliz. A linha dele é de conciliação. No que toca essas disputas partidárias não deve prevalecer sobre os interesses maiores do país. Quando você pensa no país, esse tipo de disputa imediatamente cessa”, tergiversou. Questionado diretamente sobre a possibilidade de desembarque dos tucanos da base do governo, Imbassahy também se esquivou. “Esse assunto já não mais me pertence. Eu sou ministro agora. Enquanto eu estava como deputado eu fazia uma articulação muito clara. Agora não. Agora é aguardar, o partido vai tomar uma decisão”, apontou. O ministro disse ainda que está focado nas agendas definidas pelo governo Temer, de ajudar essa articulação com o Congresso Nacional, na reconstrução da economia que foi destroçada pelo PT, na recuperação dos empregos, da renda das famílias brasileiras e na modernização do país. Por isso, admitiu não estar acompanhando a discussão na Câmara sobre um eventual governo Parlamentarista no Brasil, defendido por uma parcela do PSDB. “Verdadeiramente eu não estou acompanhando amiúde esse projeto. Mas é um sistema que é testado em outros países e que funciona. Agora tem que ver, se o PSDB ou outros partidos colocarem o sistema parlamentarista em debate, se vai merecer uma apreciação do Congresso Nacional ou também ser submetido a um plebiscito, a um referendo, porque assim diz a Constituição”, defendeu.
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