segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Pivô de apuração sobre Temer, grupo que opera área em Santos tem contrato irregular

Pivô de apuração sobre Temer, grupo que opera área em Santos tem contrato irregular
Foto: Divulgação / Rodrimar
O grupo Rodrimar, que é alvo da investigação mais recentemente aberta sobre o presidente Michel Temer, atua no porto de Santos “sem respaldo” de um contrato com o poder público. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o governo federal informou que o grupo tem somente autorização de liminares que sustenta a atuação em outros dois terminais. Os contratos do grupo referente a três setores do porto encerraram em 2013 e 2014, o que levou à busca de medidas judiciais para continuar operando. Ainda na administração Dilma Rousseff, o governo planejava licitar e fazer novos contratos nas áreas ocupadas pela companhia. Documentos de consultoria da gestão Temer, no entanto, indicam que o contrato do terminal operado pela empresa Pérola – que tem o Rodrimar como sócio – não está mais vigente. "Pode-se supor que a empresa está explorando a área irregularmente". O terminal de granéis da Pérola tem tamanho equivalente a três campos de futebol. O contrato original foi assinado em 1999 e expirou em 2014. Por meio de ação judicial, o grupo pediu a extensão, para compensar prejuízos ocorridos em 2009, após um vendaval. O documento que explicita o problema foi informado pela defesa de Temer para mostrar distanciamento entre ele e a empresa. O Ministério Público Federal apura se dois dirigentes da companhia pagaram propina para o presidente e se a empresa foi beneficiada em um decreto presidencial que alterou regras de portos, assinado em maio, que teria permitido a continuidade da empresa. Todas as partes negam.

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