A vítima, que não teve identidade divulgada, tomou a vacina contra a doença no dia 15 de janeiro e dois dias depois começou a apresentar complicações. Gomes disse que o homem tinha problemas de alcoolismo e o fígado bastante debilitado e que a morte pode ter ocorrido por conta de uma reação adversa à vacina. O G1 não conseguiu contato com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) para falar sobre o caso, na noite desta sexta.
"Está certo que ele tinha febre amarela. Isso foi confirmado, mas ainda não podemos dizer se ele morreu em decorrência da doença. Ele bebia muito e já tinha comprometimento hepático. Ao tomar a vacina, ele já estava debilitado. Então, o óbito pode ter sido em decorrência de uma reação adversa à vacina e não em decorrência da doença em si. Isso é o que estamos investigando agora", destacou.
Conforme Gomes, foram colhidas amostras da vítima que serão analisadas para saber a real causa da morte. Os materiais foram encaminhados para o Laboratório Central do Estado (Lacen) e também para a Fiocruz, no Rio de Janeiro. "Esse é um caso específico. A gente não pode marginalizar para evitar que as pessoas fiquem com receio de procurar os postos de saúde para se vacinar", disse Gomes.
Caso a morte do morador de Santo Estêvão seja confirmada como decorrente da febre amarela, será o segundo óbito pela doença no estado em 2017. No dia 14 de janeiro, um homem de 49 anos, morador de Taboão da Serra, em São Paulo, e que estava internado com febre amarela no Hospital Couto Maia, em Salvador, morreu.
A vítima era natural de Itaberaba, morava em São Paulo e tinha retornad à cidade baiana para visitar a família. Ele chegou ao município no dia 5 de janeiro, já com os sintomas da doença. Antes de ir para a Bahia, o rapaz havia passado réveillon em Itapecerica da Serra, também em São Paulo.
O rapaz foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaberaba. Ele esteve no posto de saúde repetidas vezes, entre os dias 5 e 9 de janeiro, quando apresentou piora no quadro clínico e foi transferido para Salvador, no dia 9 de janeiro. A confirmação da febre amarela no homem foi feita no dia 11, por meio de exame feito com material do paciente, no Laboratório Central (Lacen), na capital.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou, na ocasião, que se tratava de um caso importado, já que o rapaz começou a apresentar os sintomas no dia 2 de janeiro, antes de chegar à Bahia.
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