sexta-feira, 13 de abril de 2018

Leão decide futuro político no final de semana



Por Osvaldo Lyra e Rodrigo Daniel Silva (Editoria de Política)
O vice-governador João Leão (PP) negou, ontem, em entrevista exclusiva à Tribuna, que tenha decidido a disputar a eleição deste ano concorrendo pelo mesmo cargo. A informação foi divulgada pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ângelo Coronel (PSD), e confirmada pelo filho do próprio vice, o deputado federal Cacá Leão (PP). Segundo o vice do Palácio de Ondina, o seu futuro político só será decidido no final de semana após uma reunião com o governador Rui Costa (PT). “Cacá se precipitou. Eu não posso definir nada sem conversar com o governador Rui Costa, com o senador Otto Alencar e Jaques Wagner. Nós vamos sentar nós quatro. E ainda vamos convidar para a reunião Ângelo Coronel. Minha expectativa é que nós vamos conversar, discutir e decidir”, afirmou.
O governador, que disputará a reeleição, deixou o progressista decidir se quer brigar pelo mesmo posto ou lutar por uma das duas vagas ao Senado na corrida eleitoral. Em fevereiro deste ano, o chefe do Palácio de Ondina argumentou que, pela “amizade e parceria” que tem com Leão, o vice-governador merecia ter “prioridade” na chapa governista. Apesar da negativa do progressista, a tendência realmente é que João Leão concorra no pleito pelo mesmo posto. Neste cenário, consolida-se cada vez mais o desenho da chapa governista que há tempos se especula:  Rui Costa na cabeça de chapa com Leão na vice. O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), Jaques Wagner (PT), e Ângelo Coronel candidatos ao Senado Federal.
Cogitou-se que o deputado federal Antonio Brito poderia ser o indicado pelo PSD para integrar a composição, mas este panorama só se confirmaria se o vice-governador decidisse disputar a Casa Alta do Congresso. Ontem, Leão ainda comentou a desistência do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), de brigar pelo Palácio de Ondina no pleito deste ano. Para o vice-governador, a divisão da oposição favorece o candidato à reeleição Rui Costa. “A desistência de ACM Neto foi natural. Não vi nada demais. Seria um risco muito grande, para ele, deixar a prefeitura para assumir uma candidatura difícil. Na minha ótica, ele agiu certíssimo. O governador Rui Costa ganha essa eleição no primeiro turno, com Neto, sem Neto, com Chico ou Francisco. Ainda mais agora com o PSDB, o DEM e o MDB divididos. Nós ganhamos deles todos junto com 1,2 milhão de frente [em 2014], com ele separados vão ser 2,4 milhões”, apostou.

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