Por Jordânia Freitas
Somente este ano, 12 pessoas morreram em decorrência da gripe H1N1 na Bahia. Dentre os óbitos, oito foram registrados em Salvador. No entanto, durante o primeiro dia da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, a procura pela imunização foi baixa na nos postos de Salvador. A campanha segue até 1º de junho nos 126 postos da rede básica do município e tem como meta imunizar pelo menos 90% das mais de 690 mil pessoas quem compõem o público-alvo.
A estratégia é voltada para idosos (a partir de 60 anos), crianças (de 6 meses a menores de 5 anos), gestantes, puérperas (mulheres que ganharam bebê nos últimos 45 dias), trabalhadores de saúde do serviço público e privado, jovens de 12 a 21 anos cumprindo medidas socioeducativas, professores, portadores de doenças crônicas e a população carcerária que reside na capital baiana.
Movimento
Por volta das 10h da manhã de ontem, apenas seis pessoas aguardavam vacinação no Centro de Saúde Santo Antônio, no Santo Antônio Além do Carmo. Já no Centro de Saúde Péricles Esteves Cardoso, no Bárbalho, dez pessoas, em sua maioria idosos, esperavam a imunização contra a gripe H1N1, às 9h40. Porém, 50 doses da vacina já haviam sido aplicadas por lá.
O empresário Marcelo Gazar, de 61 anos, disse que sempre procura se proteger quando surgem as campanhas, sobretudo porque viaja bastante a trabalho e prefere sair do país já imunizado. “Eu acho que as pessoas têm que ser sempre preventivas. Em todos os sentidos, a prevenção é sempre melhor que a correção”, disse.
Prevenção
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a imunização vai proteger a população de três subtipos do vírus de maior incidência: H1N1, H3N2 e Influenza B. A composição da vacina, feita pela Organização Mundial de Saúde, obedece uma análise de informações enviadas por centros de vigilância de vários países. Nesse estudo, são verificados os subtipos virais que estão circulando para garantir a proteção mais eficaz da população prioritária.
“Uma das medidas mais eficazes de prevenção da doença é a vacina, podendo reduzir em até 45% o número de hospitalizações por pneumonias e até 75% a mortalidade global por complicações da influenza”, explicou Doiane Lemos, subcoordenadora de Controle de Doenças Imunopreveníveis de Salvador.
Além disso, medidas simples, como lavar as mãos com água e sabão, usar álcool em gel, evitar aglomerações e lugares fechados, além de proteger o rosto ao tossir ou espirrar são formas de diminuir a disseminação do vírus. Manter uma boa alimentação e hidratação fortalece a imunidade e também ajuda o indivíduo a se proteger da doença.
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