Em campos políticos diferentes, o deputado estadual Marcelo Nilo (PSB) e o senador Jutahy Magalhães (PSDB-BA) almoçaram juntos nesta terça-feira (3) e suscitaram especulações desde a exclusão do nome da senadora Lídice da Mata (PSB) da chapa do governador Rui Costa (PT).
A composição entre socialistas e tucanos está fora do radar, mas não um eventual apoio de Nilo à corrida de Jutahy ao Senado, uma vez que o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) fala abertamente que “tem dificuldade em apoiar um nome do PSD”.
“Se Angelo Coronel não fosse senador na chapa, o PSD estaria conosco? Na minha visão não estaria. Lídice está pagando preço muito forte por ser coerente”, pontuou.
Em entrevista nesta terça-feira (3) ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, Marcelo Nilo afirmou que o PSB, apesar do revés de Lídice, definiu apoiar a reeleição do governador Rui Costa e a pré-candidatura de Jaques Wagner ao Senado.
Nilo disse que o encontro com Jutahy se deu por uma relação pessoal antiga, mas não descartou a possibilidade de apoiá-lo nessas eleições. “Jutahy é meu compadre, almocei com ele hoje. Não quero cometer o mesmo erro que ele cometeu, ou seja, entre Jutahy e Coronel eu ficar com Coronel. Tenho minhas mágoas, que não passarão...porque quando são mágoas do fundo do coração...Entre Angelo Coronel e Jutahy, politicamente, pessoalmente eu prefiro votar em Jutahy, mas a decisão será tomada quando o partido se reunir para ver aquele candidato que melhor nos convém politicamente”.
As mágoas citadas por Nilo ocorreram na ocasião em que ele tentou se reeleger presidente de da AL-BA em 2017, mas Jutahy não o ajudou na interlocução com deputados do PSDB. Na época, os tucanos seguiram o arranjo da oposição articulado pelo prefeito ACM Neto (DEM) e votaram em Angelo Coronel.
Nilo disse que esperava o suporte de volta do “compadre” porque, mesmo sendo da base petista, trabalhou para que Jutahy fosse eleito deputado federal em eleições passadas.
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