terça-feira, 31 de julho de 2018

Mais de 33 mil crianças devem ser vacinadas contra poliomielite e sarampo em Feira

Mais de 33 mil crianças devem ser vacinadas contra poliomielite e sarampo em Feira
Foto: Reprodução
A Campanha de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo tem início no próximo dia 6 em Feira de Santana. Em busca de preparar os profissionais que irão trabalhar nas salas de vacina neste período, a Secretaria Municipal de Saúde realizou uma capacitação sobre técnicas e manejos das vacinas nesta segunda-feira, 30. O treinamento aconteceu no auditório Dr. João Batista Cerqueira.
 
De acordo com Carlos Henrique Valverde, referência técnica em imunização, a meta do município é alcançar 95% do público alvo que corresponde ao número de 33.751 crianças até o dia 31, data final da campanha.
 
“O ministério foi muito claro a mobilização é dedicada ao público infantil, com idade entre um e 4 anos 11 meses e 29 dias. Os adultos podem ficar tranquilos, pois estes têm o ano inteiro para procurar as unidades. Nossa preocupação é alcançar essas crianças, pois infelizmente muitos pais não tem levado os filhos para atualizar a caderneta vacinal”, informa.
 
A vacina tríplice viral que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola não tem contraindicação. Porém, esta não deve ser administrada junto a vacina febre amarela quando a criança possuir idade menor que dois anos. “No caso de crianças com pendência em ambas as vacinas, deve-se priorizar a tríplice viral e agendar a vacina contra febre amarela com intervalo de 30 dias”, orienta.
 
Já o imunizante que protege contra a poliomielite deve ser evitado apenas quando a criança apresentar quadro febril. “A gente encontra alguns pais que não querem vacinar os filhos devido um quadro de renite ou gripe, mas é importante ressaltar que não há contraindicação para isso”, ressalta.
 
Durante o treinamento, Carlos Henrique alertou os profissionais sobre a realização da triagem na sala de vacina, onde será averiguada a situação de cada criança e identificado quem deve receber a VIP (Vacina Inativada Poliomielite), que é a injetável, e a VOP (Vacina Oral Poliomielite) a “de gotinhas”.
 
“Temos que saber se na residência da criança existem portadores de neoplasia, pessoas que fazem uso de imunobiológico ou corticoide contínuo. É importante lembrar que quando a criança menor de dois anos chegar a unidade sem nunca ter tomado dose da vacina contra a poliomielite, vamos iniciar o esquema vacinal com a VIP”, informa.
 
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida. Sua principal característica é a flacidez muscular com sensibilidade. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa pela via oral (ao falar, tossir ou espirar), por objetos, alimentos e água contaminada com fezes de portadores da doença. Desde 1990 não são registrados casos no Brasil.
 
O último surto de sarampo foi registrado em 2015, tendo atualmente casos registrados em Roraima e Amazonas. A doença tem como sintomas: tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na pele com manchas vermelhas. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por meio de secreções respiratórias. A vacina é o meio mais eficaz para prevenção.

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