Foto: Departamento de Estado / Domínio Público
A ex-conselheira da Casa Branca e participante da primeira temporada do reality show "O Aprendiz" Omarosa Manigault Newman afirmou que a nora do presidente Donald Trump lhe ofereceu um contrato de US$ 15 mil mensais (cerca de R$ 58 mil) para ficar em silêncio após a sua demissão, em dezembro do ano passado. Ela teria recusado o pagamento.
Omarosa também revelou outros segredos sobre o presidente: diz que Trump costumava usar o termo nigger (forma pejorativa de se referir a negros) durante o reality show, que mantinha uma câmara de bronzeamento em seu quarto na Casa Branca e que, certa vez, mastigou um pedaço de papel para evitar que fosse para os registros presidenciais.
As informações estão em seu novo livro, "Unhinged: An Insider Account of the Trump White House" ("Desequilibrado: Relato da Casa Branca de Trump de Dentro"), cujo conteúdo foi divulgado nesta sexta (10) pelo jornal britânico The Guardian.
"Trump constrói a sua própria realidade para parecer bem, mesmo em situações horríveis", escreve a ex-conselheira no livro. "E então ele repete sem parar até a sua distorção se tornar a única versão que conhece."
O lançamento do título está previsto para a próxima semana. Críticos ao livro questionam a credibilidade de Omarosa e afirmam que ela poderia estar em busca de vingança. A Casa Branca afirmou que a demissão foi motivada por condutas impróprias.
O New York Times observou que o livro contém erros factuais básicos, como a afirmação de que um assessor que trabalhou na transição do republicano para a Casa Branca foi contratado meses depois. E ela mesma afirma que nunca ouviu Trump usando o termo nigger.
Após a repercussão dos relatos, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, respondeu que "em vez de dizer a verdade sobre todas as coisas boas que o presidente e sua administração têm feito para tornar a América segura e próspera, o livro está repleto de mentiras e falsas acusações."
"É triste que uma ex-funcionária descontente da Casa Branca esteja tentando ganhar dinheiro com falsos ataques". Também criticou a exposição que a imprensa está dando para o caso, "depois de não levá-la a sério quando tinha só coisas positivas para dizer sobre o presidente, enquanto estava na administração."
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