O Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido da defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima para descobrir de onde partiu a ligação que, em 14 de julho de 2017, denunciou seu bunker de R$ 51 milhões. Por unanimidade, a Segunda Turma da Corte rejeitou, nesta terça-feira (25), o pedido para quebrar sigilo telefônico do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal em Salvador.
Antes o ministro Edson Fachin já tinha negado o pedido, mas o advogado de defesa Gamil Foppel recorreu. Ele também pediu que Geddel seja liberto, mas o pedido ainda não foi apreciado e deve ser submetido também a Fachin, que é relator do caso.
Geddel está preso no presídio da Papuda, em Brasília, desde setembro de 2017, desde que a Polícia Federal encontrou impressões digitais dele em um apartamento em Salvador onde dias antes havia apreendido R$ 51 milhões em espécie – distribuídos em malas e caixas. A quantia é a maior apreensão em dinheiro vivo já feita pela PF.
Em maio deste ano, Geddel Vieira Lima, sua mãe, Marluce Vieira Lima, e seu irmão Lúcio Vieira Lima (deputado federal pelo MDB da Bahia) viraram réu no STF no caso do apartamento.
"Entendo que o pedido não pode ser atendido porque o núcleo de inteligência é órgão público que se submete ao princípio da publicidade, mas o direito à informação, como qualquer outro, não tem caráter absoluto", pontuou Fachin, que foi acompanhado pelos demais ministros da Segunda Turma.
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